3 vídeo-ensaios sobre como cozinhar nos torna humanos, a narração cinematográfica e Orson Welles

por Comunidade Cultura e Arte,    22 Maio, 2018
3 vídeo-ensaios sobre como cozinhar nos torna humanos, a narração cinematográfica e Orson Welles
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Em parceria com o Video Essay Collective trazemos-te 3 vídeo-ensaios sobre vários temas no cinema: “A Comida no Cinema: como cozinhar nos torna humanos”, “Mostrar e Contar: a Narração Cinematográfica” e “Quem é este homem? “[Orson Welles].

Luís Azevedo, Leigh Singer e os Storytellers reflectem o cinema em três abordagens distintas, naquela que é a nossa selecção dos melhores vídeo-ensaios recentemente publicados.
Um dos vídeos está dividido em duas partes e aborda a voz-off enquanto dispositivo cinematográfico e de como sob a influência do supercut somos levados a analisar a importância antropológica e artística da cozinha. Por fim, numa montagem em jeito de ensaio, sobre o homem e a obra, Luís Azevedo assina uma celebração da vida de Orson Welles, no mês em que se comemora o seu 103.º aniversário.

A comida no cinema: como cozinhar nos torna humanos
Os Storytellers trazem-nos um híbrido entre o vídeo-ensaio e um supercut, da execução culinária à tentação do resultado.
No cinema, cozinhar – assim como comer – é mais do que um preenchimento da acção ou do ecrã. Da obra de arte empratada às opções mais excêntricas, este vídeo questiona o que significa a cozinha nas nossas vidas e no cinema. O que pode uma refeição dizer-nos sobre um personagem, a sociedade ou um país inteiro? A análise sublinha a importância da culinária como símbolo da civilização e é feita sob a perspectiva do antropologista Richard Wrangham de que cozinhar foi o principal impulsionador da evolução da nossa espécie.

Mostrar e contar: a narração cinematográfica

Em Adaptation (2001), o personagem Robert Mckee desaconselha veemente o uso de voz-off, que apelida de escrita fraca e desleixada. Uma generalização inúmeras vezes repetida entre cinéfilos e cineastas, efeito colateral de uma aversão justificada à escrita expositiva. O mesmo filme, pela natureza do seu guião, prova-o errado.
Neste vídeo em duas partes, Leigh Singer analisa quando, porquê e de que forma a voz-off pode ser uma ferramenta cinematográfica essencial.
Na segunda parte, Singer afasta-se das narrações tradicionais para explorar formatos mais subversivos, incluindo a multiplicidade de narradores no expoente máximo de Terrence Malick.

(clica aqui para veres a parte II)

Quem é este homem?

Luís Azevedo assina o vídeo-ensaio que celebra a vida e obra de Orson Welles, no mês em que se comemora o seu 103.º aniversário.
Citizen Kane (1941), a primeira longa-metragem do realizador, explora o carácter dúbio da identidade de um homem, na intimidade e na vida pública. Trinta e dois anos mais tarde, em F dor Fake (1973), Welles serviu-se da plasticidade do ensaio para abordar a manipulação da verdade. Enquanto actor, abraçou a perversidade do engano, camuflando alma e corpo numa multiplicidade de personagens. A sua carreira de realizador, actor e de figura pública foi um questionamento permanente da natureza da verdade, da mentira e da ilusão no cinema.
Uma produção MUBI, este vídeo compara o papel do actor/realizador ao do mágico e questiona quem é o homem atrás da persona – se de facto existiu um.

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