Já se conhecem os vencedores do concurso Novos Talentos Fnac
A entrega dos prémios Novos Talentos Fnac 2019 aconteceu hoje, dia 29 de Maio, às 17h30, nas Carpintarias de São Lázaro, numa autêntica festa de cultura. Com o mote “Mostra-te ao Mundo”, durante o evento foram revelados os vencedores da edição deste ano, nas categorias de Música, Fotografia, Cinema e Escrita.
A apresentação esteve, uma vez mais, a cargo de Fernando Alvim que teve por missão anunciar os participantes eleitos pelo júri das quatro categorias a concurso. O evento contou ainda com a actuação de João Correia dos Tape Junk (novo talento Fnac 2013) que estava presente sem banda, a apresentar 2 temas do seu novo álbum COUCH POP.
De destacar que a edição deste ano do concurso Novos Talentos Fnac atingiu um nível recorde de participações, com 3403 jovens talentos a apresentar candidatura nas quatro categorias: Escrita, com 1245 inscrições; seguindo-se a Fotografia com 1144, a Música com 846 e o Cinema com 168.
Na categoria Cinema, o primeiro lugar foi conquistado por Pedro Pires dos Santos com a curta-metragem intitulada “If only wet rice would grow bigger with floods, don’t you think?”. Eleito pelo júri composto por Paulo Trancoso (Presidente do Júri e Presidente da direcção da Academia Portuguesa de Cinema), João Canijo (realizador), Paulo Viveiros (professor do departamento de cinema e artes dos media da Universidade Lusófona) e Margarida Cardoso (realizadora), este vencedor recebe um prémio monetário de 1.250 euros, oferecido pela Repsol, e um workshop na Universidade Lusófona.
As Menções Honrosas foram entregues a Bruno Carnide com “Outono” e a Stephanie Kyek com “Whale Song”. Todos os premiados verão os seus trabalhos exibidos publicamente.
Nesta categoria a Fnac contou com a Universidade Lusófona e a Academia Portuguesa de Cinema como parceiros e a revista Magazine HD como media partner.
O prémio da categoria de Música foi atribuído ao projeto RUSSA pelo tema “O Teu Abraço”, tendo as Menções Honrosas sido entregues a Y.azz x b-mywingz com “Cycles” e Rodrigo Cardoso com “Toca e foge”. Esta categoria contou com a avaliação dos jurados Henrique Amaro (Presidente do Júri e radialista), Lia Pereira (jornalista), Luís Oliveira (radialista) e Rui Miguel Abreu (jornalista). O vencedor terá a oportunidade de produzir um single em estúdio (com mistura, masterização e gravação), oferecido pela Repsol, de actuar em Setembro no Fnac LIVE; e, juntamente com as menções honrosas, fará parte do disco Novos Talentos Fnac 2019.
Na Fotografia, Maria da Glória Rodrigues foi a grande vencedora deste ano com o trabalho “Guardar o fogo para dias de pouca”, eleita pelo júri constituído por Mário Cruz (Presidente do Júri, fotojornalista da Lusa e vencedor do World Press Photo 2016, categoria Assuntos Contemporâneos), Augusto Brázio (fotógrafo), Francisco Feio (professor de fotografia) e Sérgio B. Gomes (jornalista do Público).
A vencedora recebe um prémio monetário no valor de 1.500 euros, oferecido pela Repsol, um vale-oferta de 1.500 euros em equipamento fotográfico Fujifilm X, o acompanhamento, até um ano, de um Projecto Fotográfico de Autor oferecido pelo Instituto Português de Fotografia e vê, ainda, o seu trabalho exposto nos fóruns FNAC.
As Menções Honrosas foram entregues a Fábio Miguel Roque com “White Smoke” e Pedro da Costa Malheiro com “Yvonne”.
Nesta categoria, a Fnac contou com a Fujifilm e o Instituto Português de Fotografia como parceiros e com o site Olhares Fotografia digital como media partner.
Quanto à categoria Escrita, a grande premiada foi Mafalda Santos Gomes com “Milho Rei”. Os jurados Conceição Garcia (Presidente do Júri e directora da Escrever, Escrever), Dulce Maria Cardoso (escritora), Afonso Cruz (escritor) e João Tordo (escritor) atribuíram ainda as Menções Honrosas a Joana Ferreira Ribeiro com “Fénix” e António Rebelo Pascoal com “O Caminho para Casa”. Todos os premiados recebem um workshop de escrita criativa na escola Escrever, Escrever, e têm a sua obra publicada no livro Novos Talentos Fnac 2019. O primeiro prémio recebe ainda um cheque Repsol no valor de 1.250 euros.
Para esta categoria, a Fnac contou com o apoio da escola de escrita criativa “Escrever, Escrever”.
Os parceiros da Fnac nesta edição foram: Repsol, Fujifilm, Escrever Escrever, Instituto Português de Fotografia, Universidade Lusófona, Antena 3, Magazine HD, Olhares e Sapo.
Vencedores
1.º prémio – Pedro Pires dos Santos:
Nascido em 1996 em Coimbra, escreve e realize cinema desde os seus 15 anos. Trabalhou como jornalista na Birmânia.
Menção Honrosa – Bruno Carnide
Nascido em 1987, de Leiria, licenciado em Som e Imagem – pela Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha, é docente Universitário na área de Cinema no Instituto Politécnico de Leiria e Instituto Superior Miguel Torga, em Coimbra.
É realizador de cinema desde 2008 e director-fundador do Leiria Film Fest – Festival Internacional de Curtas Metragens, desde 2013. Realizou várias curtas-metragens de ficção, documentário e animação, que venceram dezenas de prémios e foram exibidas em centenas de festivais de cinema de todo o mundo, incluindo festivais qualificadores aos Óscares.Menção Honrosa – Stephanie Kyek
Nascida em 1997, cresceu na Suíça e tem na música a sua paixão. Estuda Cinema e Movimento de Imagem no Ar.Co. Na sua ainda breve incursão pela área cinematográfica, decida-se a explorar as relações entre som e imagem, incorporando a sua paixão pela música na produção de vídeo.Música
1.º prémio – RUSSA
A rapper portuguesa iniciou oficialmente o seu percurso artístico em 2017, quando lançou o seu primeiro projecto: a Mixtape T.P.C. Em 2018, ganhou maior destaque com o lançamento de um dos primeiros álbuns de trap consciente do país, Catarse. Apresentou o seu álbum em vários festivais como o Festival F, Super Bock em Stock, Festival Termómetro e no Teatro Municipal de Bragança. Em 2019, já lançou dois projectos: Mixtape L.S.D. e EP Party Leftovers; tendo este último já atingiu grande notoriedade em plataformas como o Spotify ou a Apple Music com alguns dos seus singles.
Menção Honrosa – y.azz x b-mywingz
y.azz– Nascida em 1994, Mariana Prista é uma cantora/compositora portuguesa baseada em Londres. Estudou Commercial Music Performance na Universidade de Westminster, em Londres. y.azz é o seu primeiro passo na sua carreira como cantora/compositora e surge de um misto de influências que variam do R&B para o hip-hop passando pelo indie, e tendo como grande aspiração artistas femininas como Jorja Smith, Kali Uchis e Beyoncé.
b-mywingz– Com 24 anos, Ana Margarida Adão, 24 anos, natural de Viseu. Estudou na ETIC onde completou com mérito o curso de Produção e Criação Musical HND. Aqui teve igualmente teve oportunidade de editar o seu primeiro EP como artista, b-mywingz. Mudou-se para Londres, onde completou a licenciatura em Engenharia de Som e Produção Musical (Music Production & Sound Engineer).
Menção Honrosa – Rodrigo Cardoso
Iniciou-se na música com as aulas de guitarra que frequentou durante 3 anos. Desde muito jovem que passou a frequentar concertos com os pais, o que começou a proporcionar-lhe outro tipo de experiência: a adrenalina de ver alguém em palco a comandar a plateia, algo que começou a imaginar fazer. Aos 15 anos, comprou material de gravação e compôs a sua primeira canção. Aqui começou uma exploração apaixonada dos aspectos de composição e produção musicais.
Fotografia
1.º prémio – Maria da Glória Rodrigues
Nascida em 1982, em Ponte de Lima, já participou em várias exposições a nível nacional e internacional. Em 2019, está a participar na Bienal de Fotografia do Porto. Em 2016/17, foi artista residente da Ci.clo – Plataforma de Fotografia, onde desenvolveu o projecto ‘Guardar o fogo para dias de pouca luz’ que esteve em exposição no Porto, em Lodz, Polónia e Nova Iorque, E.U.A. Foi vencedora do Festival Audiovisual Black & White (2015 e 2007) e do Concurso Portugalidades (2012).
Menção Honrosa – Fábio Miguel Roque
Nascido em 1985, em Lisboa, formou-se em fotografia no Instituto Português de Fotografia (2005-2007) e trabalhou como fotojornalista. Expõe regularmente desde 2010, individual e colectivamente, a nível nacional e internacional. Recebeu o prémio Augusto Cabrita e do 10.º Festival Internacional Black and White. Tem obras em colecções públicas e privadas como a Fundação José Saramago, Hellenic Centre for Photography (Grécia) e Fundação Serrão Martins e diversas publicações editadas (Estados Unidos, Japão, Inglaterra, Espanha, Itália e Portugal).
Menção Honrosa – Pedro da Costa Malheiro
Nascido em 1972, de Matosinhos, nos últimos anos tem vindo a desenvolver o interesse pela criação de imagens/fotografias, tendo já apresentado alguns trabalhos em exposições colectivas. Em 2017, conclui o curso profissional de fotografia do IPF Porto. Em 2018, frequentei o curso de formação continua “Arte e Cinema”, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e desde Outubro 2018, está a tirar o Master de Fotografia Artística no IPCI.
Escrita
1.º prémio – Mafalda Santos Gomes
Nascida em 1992, estudou Línguas, Literaturas e Culturas (Português/Alemão) na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. É bolseira da Fundação para a Ciência e Tecnologia deste 2016. Contribuiu com poemas em diferentes revistas e antologias e co-editou o nº.5 do zine MAIS PORNÔ, PFVR, especial poesia de Portugal. É co-fundadora e co-editora da plataforma online A Bacana. Em Setembro, está previsto o lançamento do seu primeiro livro de poesia Um espigueiro no meio da eira pela editora Do Lado Esquerdo.
Menção Honrosa – Joana Ferreira Ribeiro
Nascida em 1983, em Setúbal, considera-se embaixadora da geração snowflake no mercado de trabalho e vive sob a falsa impressão de que os seus sentimentos têm universalidade. Trabalha como copywriter numa empresa na área digital.
Menção Honrosa – António Rebelo Pascoal
Nascido em 1967, em Coimbra, estreou-se em 1991, com Pátria ou Amor (Prémio da Associação Académica de Coimbra, com prefácio de Agustina Bessa-Luís). Ensaísta e poeta, editou nove livros de poesia, entre os quais Os Dias Reunidos (1998), A Contratempo (2000), Terceiro Livro (2003), No Meio do Mundo (2005), As Palavras da Tribo (2005), Cello Concerto (2006), Pátria ou Amor (2011), As Sete Últimas Palavras (2017) e Mover-se o Fogo (2018). Em 2018, publicou a colectânea Os Joelhos do meu Pai e Outros Contos