Bárbara Virgínia: a primeira mulher a realizar uma longa-metragem de ficção em Portugal
É difícil escolher o maior feito da carreira de Bárbara Virgínia. Em 1946, em pleno Estado Novo, entrou para a história como a primeira mulher a realizar uma longa-metragem de ficção em Portugal e tornou-se na primeira mulher a competir no recém-criado Festival de Cinema de Cannes. Tinha apenas 22 anos.
A obra em questão chamava-se Três Dias Sem Deus, um filme de horror gótico com elementos sobrenaturais, que foi protagonizado pela própria Bárbara Virgínia e estava no polo oposto das comédias portuguesas que tanto agradava ao público do cinema português dos anos 40 do século XX.
O filme foi bem recebido, tanto em Portugal como em França e Bárbara Virgínia era tida como uma grande promessa do cinema nacional. No entanto, inexplicavelmente, durante anos a realizadora foi apenas uma pequena nota de rodapé na história cinema português, praticamente ignorada pelo grande público.
Neste vídeo recorda-se a vida e a obra desta personagem ímpar da cultura portuguesa que ousou lutar por uma visão diferente para o cinema português.