“Uma Família Inglesa” faz as malas e “voa” até aos espaços do Teatro Nacional São João
Inicia-se na próxima sexta-feira, dia 25 de Setembro, a 6.ª edição de Uma Família Inglesa, o festival que a companhia mala voadora organiza no Porto anualmente em redor das suas “cumplicidades britânicas”, desta vez em co-produção com o Teatro Nacional São João. Os espectáculos terão lugar na mala voadora, no TeCA e no Mosteiro de S. Bento da Vitória entre 25 de Setembro e 4 de Outubro, numa versão um pouco mais reduzida do que o inicialmente previsto, devido à pandemia, que obrigou ao cancelamento das participações estrangeiras.
Off, com direção de Jorge Andrade, estreia-se com o programa da mala voadora, que irá contar ainda com os espetáculos Festival e Turma de 95
Depois de se estrear na programação do Teatro Nacional São João (TNSJ) no ano passado, Uma Família Inglesa regressa aos espaços geridos pela Casa, desta feita com três espetáculos atravessados por uma ideia – o fim. Festival, Turma de 95 e Off, que se estreia de forma absoluta, são as peças que se apresentam na sexta edição do programa anual da mala voadora dedicado à dramaturgia contemporânea inglesa. Entre os dias 25 de setembro e 4 de outubro, o modo como as histórias terminam, a morte, o fim das civilizações e até o fim do mundo são temas em destaque no Teatro Carlos Alberto (TeCA) e no Mosteiro de São Bento da Vitória. O preço dos bilhetes é de 10 euros.
Jorge Andrade estreia de forma absoluta “o fim de tudo” com Off
Em 2017, a mala voadora imaginou o fim: de um ciclo, da vida, do planeta, de novas ideias e, inclusive, da própria companhia. O presente “roubou-lhes” esse tempo, deixando de existir tempo para o inventar. “Sem grande imaginação” e com texto de Chris Thorpe, Off é sobre o fim que se apresenta sintetizado através da doença degenerativa de uma mulher que trabalha numa editora de livros. Com encenação de Jorge Andrade, o “espetáculo que sabemos como acaba” estreia-se de forma absoluta no TeCA a 2 de outubro, às 21h00, ficando em cena até 4 de outubro.
A empresa que inventa vidas depois da morte
Micróbios, sistemas de monitorização, interruptores ou versões desmultiplicadas de nós próprios. Como é que poderá ser a vida depois da morte? Para dar resposta a esta pergunta, quatro funcionários de uma empresa levam a cabo exercícios especulativos em busca da felicidade ou do paraíso post-mortem. Em Festival, o céu ou a reencarnação são ideias banais face às cogitações destes quatro funcionários. Baseado no livro Sum, de David Eagleman, o espetáculo de ficção científica assinala o arranque do programa da mala voadora no TNSJ, contando também com a direção de Jorge Andrade. Festival está em cena sexta-feira, às 21h00; sábado, às 19h00; e domingo, às 16h00, no TeCA.
Como uma fotografia levou à descoberta da Turma de 95
Raquel Castro propõe uma revisitação ao passado, recuando até à sua turma do 9º ano, no Colégio Salesiano de Lisboa, em 1995. Nessa altura “o João C. e a Filipa N. estavam apaixonados, o Pedro C.C. sonhava em vir a ser jogador de futebol e o Rui A. foi à televisão imitar o Mickael Jackson”, como conta o programa de sala do espetáculo. 24 anos depois, a encenadora procurou cada um dos seus colegas de turma para cruzar as memórias do passado e a realidade do presente. O resultado foi Turma de 95, um retrato pessoal de uma geração a braços com as expectativas e dores da adolescência, criado a partir de Class of 76, de Third Angel. O espetáculo sobe ao palco do Mosteiro de São Bento da Vitória na terça-feira, 29 de setembro, às 21h00, e pode ser visto até 1 de outubro.