O Cumplicidades – Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa, regressa em Setembro
Festival Internacional de Dança Contemporânea de Lisboa, regressa em Setembro após suspensão devido à situação pandémica do COVID-19.
É com entusiasmo que anunciamos que a programação do Cumplicidades será retomada ainda este ano, acontecendo em tempos diferentes, em articulação com as entidades parceiras. Haverá um primeiro momento entre Setembro e Outubro deste ano, e a conclusão será entre Fevereiro e Março de 2021.
A edição de 2020 do Festival Cumplicidades arrancou no dia 6 de Março, após a realização do Passaporte da Dança, sendo interrompida menos de uma semana depois do surto pandémico de Covid-19.
Estávamos felizes com a energia vibrante no arranque desta edição, que contou com uma enorme adesão de público e suscitou uma dinâmica enriquecedora para a cidade.
Essa alegria foi duplamente ensombrada, não só por a pandemia ter afectado a vida de tantas pessoas, mas também porque este tempo veio expor mais cruamente as difíceis condições de subsistência da maioria de quem faz a dança acontecer no país. A precariedade que assola o meio artístico ficou patente no contexto desta emergência, agravada com a ausência de medidas que acautelassem o desespero de muitos trabalhadores do sector cultural.
Acreditamos que é importante reerguer as condições para que os artistas e demais profissionais associados à edição de 2020 do festival retomem a sua actividade, querendo e podendo fazê-lo. É nesse sentido que temos vindo a trabalhar desde Março, pensando também no quanto é importante reactivar, acauteladamente e dentro das actuais circunstâncias, a dimensão cultural e social do reencontro com o público nos espaços físicos.
Assim, é com entusiasmo que anunciamos que a programação do Cumplicidades será retomada ainda este ano, acontecendo em tempos diferentes, em articulação com as entidades parceiras. Haverá um primeiro momento entre Setembro e Outubro deste ano, e a conclusão será entre Fevereiro e Março de 2021.
As circunstâncias ao retomarmos serão necessariamente outras, e sempre sujeitas a imprevistos decorrentes da evolução da pandemia. Este regresso não traduz uma militância pelo novo normal, até porque não acreditamos que existisse uma normalidade anteriormente. Mas parece-nos que a dimensão artística será sempre imprescindível neste trabalho incessante de construção do mundo e de aferição daquilo que desejamos que ele seja.
Julho de 2020,
Francisco Camacho, André Guedes e equipa do Festival