Os nossos filmes favoritos de 2020
Foi um ano difícil para o Cinema e para os cinéfilos. Limitadas na sua lotação e os espectadores com legítimo receio de ir para as salas, os números de assistência decresceram de forma radical provocando uma grave crise num sector que vinha já a ser sentida de há alguns anos para cá devido à perda de hábito por parte do grande público em ver cinema em sala.
Ainda assim, e com todas essas dificuldades, é de salutar vários festivais de cinema que se souberam reinventar e permitir, com todas as medidas de segurança possíveis, que pudéssemos assistir a muitas estreias em sala e provar um pouco da “normalidade” de antigamente, em ambiente de festival. Para todos os profissionais da área, que trabalharam direta ou indiretamente para que pudéssemos ver cinema no seu “habitat natural”, o nosso obrigado.
Para esta lista foram contabilizados todos os filmes que estrearam em Portugal durante este ano, seja em estreia comercial, festivais ou através de plataformas online. Tendo estado disponíveis ao visionamento, não faria sentido que, tendo sido vistos por público em Portugal, não fossem contabilizados. Nesse aspecto, e sabendo de antemão a dificuldade acrescida de todos os leitores verem estreias em festivais, tendo alguns deles data de estreia comercial em Portugal prevista para 2021, serve o presente top também para promoção de algumas dessas obras que salientamos nesta lista cujo filme mais votado foi “Portrait de la jeune fille en feu” seguido de “Uncut Gems”, realizado pelos irmãos Safdie e estreado através de plataforma online. Nesta lista constam ainda os filmes portugueses “Crioulo Quântico”, de Filipa César e “O Fim do Mundo”, de Basil da Cunha.
Melhores filmes de 2020
- “Portrait de la jeune fille en feu”, de Céline Sciamma
- “Uncut Gems”, de Josh Safdie e Ben Safdie
- “The Farewell”, de Lulu Wang
- “Little Women”, de Greta Gerwig
- “Jojo Rabbit”, de Taika Waititi
- “For Sama”, de Waad Al-Kateab e Edward Watts
- “I’m Thinking of Ending Things”, de Charlie Kaufman
- “Nomadland”, de Chloé Zhao
- “Les Misérables”, de Ladj Ly
- “Undine”, de Christian Petzold
- “Liberté”, de Albert Serra
- “First Cow”, de Kelly Reichardt
- “É Rocha e Rio, Negro Leo”, de Paula Gaitán
- “Last and First Men”, de Jóhann Jóhannsson
- “Crioulo Quântico”, de Filipa César
- “1917”, de Sam Mendes
- “O Fim do Mundo”, de Basil da Cunha
- “Kajillionaire”, de Miranda July
- “A Vida Invisível”, de Karim Ainouz
- “Welcome to Chechnya”, David France e La Llorona, de Jayro Bustamante
Decidimos também dar um espaço privilegiado às curtas-metragens. Sem qualquer tipo de preferência neste caso, deixamos uma lista de algumas das curtas-metragens que mais nos marcaram neste ano de 2020.
Melhores curtas-metragens:
- “Cézanne”
- “La France contre les robots”
- “Movie That Invites Pausing”
- “Point and Line to Plane”
- “Forastera”
- “Last Year in Dachau”
- “The Stunt Double”
- “Blood Rider”
- “Marooned”
- “Quarantine Days”
- “Sanfield”
- “Salsa”
- “Dajla: Cine y olvido”
- “Os Olhos na Mata e o Gosto na Água”
- “A Vida Dura Muito Pouco”
