Dino D’Santiago, Sara Tavares e Mayra Andrade assinam petição para que seja feita nova versão portuguesa de “Soul”

por Comunidade Cultura e Arte,    2 Janeiro, 2021
Dino D’Santiago, Sara Tavares e Mayra Andrade assinam petição para que seja feita nova versão portuguesa de “Soul”
“Soul”

Ana Sofia Martins, Dino D´Santiago, Mamadou Ba, Mayra Andrade, Nástio Mosquito, Pedro Coquenão e Sara Tavares assinaram uma petição dirigida à Disney para que esta crie uma nova versão portuguesa do filme Soul: “Reclamamos por uma nova versão Portuguesa do filme Soul da Disney e Pixar, respeitando a intenção original e reconhecendo a importância histórica deste momento. Porque este filme não é apenas mais um filme e o que ele representa importa.“, afirmam.

O filme de animação da Walt Disney Pictures e Pixar Animation Studios tem um protagonista negro (Joe) e quase todo o elenco é negro na versão norte-americana. Na versão portuguesa, a dobragem foi feita por actores brancos e Joe tem a voz do actor Jorge Mourato, enquanto que na versão original é Jamie Foxx.

Em Junho do ano passado, o realizador principal do filme, Pete Docter, o mesmo que fez Up (2009), Inside Out (2015) ou que escreveu WALL·E (2008), revelou que assim que ficou decidido que a personagem principal seria um músico de jazz, que ele e Kemp Powers (co-realizador de Soul) optaram por fazer uma personagem afro-americana, pois consideraram que fazia sentido devido ao quão intimamente os afro-americanos estão ligados à história do jazz. Esta tomada de posição está relatada num video divulgado pela própria Pixar:

Soul é um filme de animação da Disney estreado no final de 2020 mas que começou a ser desenhado em 2016 pela Pixar, tendo o propósito assumido de querer retratar a cultura musical e a comunidade Afro-Americana. Todo o processo foi muito rigoroso na escolha de argumentistas, equipe técnica e, claro, dos actores que dariam vida a este filme assumido como um manifesto contra a iniquidade na indústria do entretenimento. Foram tidas em conta várias personalidades e académicos para assegurar que a diversa comunidade Negra estivesse confortável com a representatividade da obra.“, pode ler-se no texto da petição portuguesa, onde é dito ainda que o filme norte-americano tem o “propósito assumido de querer retratar a cultura musical e a comunidade afro-americana”, sendo que “todo o processo foi muito rigoroso na escolha de argumentistas, equipa técnica e, claro, dos actores que dariam vida a este filme assumido como um manifesto contra a iniquidade na indústria do entretenimento” e “foram tidas em conta várias personalidades e académicos para assegurar que a diversa comunidade negra estivesse confortável com a representatividade da obra“, afirmam os signatários desta petição.

A Disney também já reagiu a este tema: “Esforçamo-nos por ser inclusivos nos nossos castings, contudo reconhecemos que há trabalho a fazer e estamos comprometidos em diversificar os talentos nas nossas dobragens, independentemente da geografia onde atuamos“, revelou a empresa responsável do filme à revista Sábado.

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