Mario Vargas Llosa, Nobel de Literatura, confirmado na 1.ª edição da Bienal Internacional de Poesia de Oeiras
Sessão por videoconferência, moderada pela jornalista Maria João Costa, é dedicada às escolas do município.
A 1.ª edição da Bienal Internacional de Poesia de Oeiras, evento inserido na candidatura de Oeiras a Capital Europeia da Cultura 2027, junta a uma programação com mais de 100 convidados, oriundos de 3 continentes, que incluem poetas, músicos, escritores, diplomatas e artistas, uma confirmação de peso: Mario Vargas Llosa. O vencedor do Prémio Nobel de Literatura em 2010 irá integrar este festival dedicado à expressão poética através de uma sessão por videoconferência, para os alunos das escolas do município e convidados da organização.
O segundo dia desta Bienal, que Oeiras recebe de 16 a 21 de novembro, já contava no seu alinhamento com a Masterclass “Wisława Szymborska: Fim e começo”, com a Conversa-concerto com Simone de Oliveira, e com o showcase Upside Down Poetry “Cada Som Como um Grito”, todos a partir das 21h00.
Agora, o dia 17 de novembro fica também marcado pela sessão que decorre às 16h00, no auditório do Templo da Poesia, por videoconferência, com Mario Vargas Llosa e moderação de Maria João Costa, jornalista do Grupo R/com há mais de 20 anos.
A Bienal Internacional de Poesia de Oeiras é um evento gratuito e aberto ao público com uma programação multicultural e multidisciplinar, e cuja primeira edição é dedicada ao tema “Poder e Democracia”. Simone de Oliveira, Jorge Valdés Díaz-Vélez, Miguel Araújo, Samuel Úria, Capicua, Nando Reis e Sérgio Godinho são apenas algumas das personalidades que integram a programação.
Mario Vargas Llosa nasceu em março de 1936, em Arequipa, no Peru. Aos 17 anos decide estudar Letras e Direito e, no ano seguinte, casa com a sua tia Julia Urquidi – assegurando a subsistência com trabalhos muito diversos, como conferir e rever nomes de lápides, escrever para rádio ou catalogar livros. Em 1959 abandona o Peru e, graças a uma bolsa, ingressa na Universidade Complutense de Madrid, onde conclui um doutoramento que lhe permite cumprir o sonho de um ano depois, se fixar em Paris. Aí, sempre próximo da penúria, foi locutor de rádio, jornalista e professor de Espanhol. Por esse tempo tinha apenas publicado um primeiro livro de contos. Regressado ao Peru em 1964, divorcia-se de Julia Urquidi e casa-se no ano seguinte com a sua prima Patricia Llosa, com quem parte para a Europa em 1967 (depois de ter publicado A Casa Verde, em 1966). Até 1974 viveu na Grécia, em Paris, Londres e Barcelona – após o que regressa ao Peru. Em Lima pode, finalmente, dedicar-se em exclusivo à literatura e ao jornalismo, nunca abandonando a intervenção política, que o levou a aceitar a candidatura à presidência da República em 1990. Vive em Londres desde essa época, escrevendo romances, ensaios literários, peças jornalísticas e percorrendo o mundo como professor visitante em várias universidades. Entre os muitos prémios que recebeu contam-se o Rómulo Gallegos (1967), o Príncipe das Astúrias (1986) ou o Cervantes (1994). Em 2010, foi distinguido com o Prémio Nobel da Literatura.