Passatempo. Temos um vinil de “SG Gigante”, disco de homenagem a Sérgio Godinho, para oferecer
Em parceria com a Universal Music Portugal a Comunidade Cultura e Arte tem um vinil “SG Gigante” para oferecer. Para participares só tens de escrever uma frase original onde contes qual é a tua música preferida de “SG Gigante” e porquê. O/a vencedor/a ganha um vinil do “SG Gigante”, tendo até dia 02 de junho para participar neste passatempo. Podes consultar aqui o regulamento do passatempo e participar por aqui.
“SG Gigante” é um projecto especial, pensado por Capicua, que pretende unir dois universos: Sérgio Godinho representa, naturalmente, um pináculo na arte portuguesa de colar palavras e histórias a melodias e impôs-se como um grande, gigante até, escritor de canções. Mas a modernidade trouxe outras formas de estar: artistas que, através do hip hop e de outros géneros centrados na eletrónica e na urbanidade, encontraram outras formas de encaixar palavras em ritmos, de fazer canções que as novas gerações entendem como suas. Que estes artistas estejam agora a olhar para o cancioneiro de Sérgio Godinho indica que afinal a música pode ser diferente, mas a língua e o sentir, esses permanecem os mesmos. Capicua sabe disso muito bem e por conhecer os dois mundos uniu aqui uma equipa de luxo.
Para este último tema revelado de SG Gigante regressamos a 1973, à véspera da revolução a que Sérgio também deu voz, ao segundo álbum da sua carreira, sucessor de “Os Sobreviventes”, gravado em França com alguns músicos locais. É o álbum de “Barnabé”, “Porto, Porto” ou “Pode Alguém Ser Quem Não É”, um clássico maior que já lançava válidas pistas para o Sérgio do futuro.
“Cheguei-me a ti e disse baixinho, ‘olá’”, começa por recordar o próprio Sérgio antes de entrar um teclado ondulante, pontuado por um suave ritmo cozinhado por Branko, sem dúvida um dos grandes arquitectos deste renovado som de Lisboa, que parece embalar como as águas do Douro e do Tejo, esses rios que correm para o mar e que são citados na canção. Rita Vian e Dino D’Santiago pegam nas exactas palavras do original, mas temperam-nas com o seu sabor especial. Rita revelou na sua estreia em nome próprio, CAOS’A, que tem vontade de futuro, ainda que não esqueça as raízes da nossa identidade. E Dino é um portento que tem oferecido o particular balanço desta nova Lisboa crioula ao mundo.
E é assim que se conclui a revelação de todas as vénias que existem neste “SG Gigante”, um trabalho de homenagem ao génio poético e musical de Sérgio Godinho que foi coordenado por Capicua, artista que sempre confessou admiração pelo cantautor e a quem o próprio nunca poupou elogios. “A Noite Passada” revela-se depois de “Lisboa Que Amanhece”, tema com produção de DJ Ride e vocalizações de Eva Rap Diva, Chong Kwong e EU.CLIDES; “Com um Brilhozinho nos Olhos” que mostrava xtinto lado a lado com Pikika sobre beat de Fumaxa e MIGZ; “Primeiro Dia”, canção com Valas, Papillon e Amaura produzida por Charlie Beats; “Etelvina”, o tema que cruzou as barras de Phoenix RDC e Jimmy P com a voz fadista de Sara Correia sobre beat de Stereossauro; e ainda “Que Força É Essa”, o primeiro single, que reuniu os talentos de Keso, Nerve e Russa.
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