Já se pode ouvir “Cor d’Água”, novo disco de T-Rex
Disco será apresentado no Coliseu de Lisboa, dia 4 de Fevereiro, e no Coliseu do Porto, no dia 11 de Março.
Em “Não É Possível”, uma das peças do alinhamento do novíssimo “Cor d’água”, T-REX recorda-nos que “remata com os dois pés”, uma metáfora futebolística que serve para sublinhar a sua polivalência, a sua enorme criatividade artística e a singular capacidade que tem não apenas de criar bangers que somam números astronómicos nas plataformas, mas também de nos fazer pensar, de nos inspirar. De nos mover, enfim.
“Há uma energia aquática neste álbum”, revela T-Rex ao apresentar Cor d’água, “uma forma de dar azo à minha versatilidade, como artista e como pessoa”. Ou seja, a tal qualidade única de ter poder de encaixe, de ser fluído, de rematar com ambos os pés.
E de, muito literalmente, também marcar golos de cabeça, porque é da sua cabeça em permanente ebulição criativa que têm saído os êxitos que lhe valeram a distinção de ter sido o 4° artista nacional mais escutado no Spotify em Portugal durante o último ano: T-Rex já ultrapassou os 300 mil ouvintes mensais e acumula dezenas de milhões de streams, sendo escutado em mais de 170 países. Um impacto estrondoso e uma fasquia elevada que o novo trabalho Cor d’água quer agora superar.
“Quando buscas o sucesso”, diz-nos T-Rex, “há uma porta por onde entras e depois já não podes voltar atrás. Eu lidei com essa pressão, mas o tempo fez com que desaparecesse porque aceitei, ao final do dia, quem sou. As marcas que alcancei são um estímulo, não são pressão. Eu sei que quero ser um dos melhores, senão mesmo o melhor. E essas marcas são um estímulo para atingir esse nível. Mas aquilo para que eu vivo, sempre, é para lançar sons com que as pessoas se identifiquem”. Se esse é o caminho, então não há dúvida de que T-Rex já chegou ao destino, bem lá no topo. E como ele diz, em “Dias”, é difícil apanhá-lo: “sou água”.
Neste novo trabalho, T-Rex mantém a sua essência, mas ao mesmo tempo inova. É o próprio rapper que explica que boa parte do material de Cor d’água se inspira na energia das suas performances de palco. E quem já o viu a dar tudo ao vivo saberá reconhecer que Rex se empenha ao máximo sendo um artista que pertence à classe rara dos que deixam tudo no palco, sem limites. Essa entrega total atravessa todas as faixas de Cor d’água.
Sobre produções da sua autoria ou co-autoria, com Noax e Jay Rewind, por exemplo, mas também contando com beats assinados por gente como Armo Tunez (French Montana, Tory Lanez), Charlie Beats, Llouis, Benji Price, Sonni, Eros e Skeyez, Blindforlove, YeezYuri e Kidonov, Lhast, Jay Rewind, Cue Sheet, Active By Night, T-Rex constrói um álbum que é uma viagem, com talento nacional e internacional a oferecer-lhe bases que apontam ao futuro, musicalmente falando. No alinhamento que se estende às 20 faixas encontram-se apenas os nomes da Máfia 73 (“Old Skool”), Dcoky (“Teste”), MK Mike (“Parágrafo Interlúdio”) e Slow J (“Dias”), com Rex a assumir a parte de leão das rimas. Porque esta é a sua verdade, a sua visão. A sua arte. E com a cor da água, uma transparência total que nos permite ver tudo o que lhe vai na alma. É assim com os grandes artistas.