Escritor russo Wladimir Kaminer em conversa em Lisboa sobre a glorificação das ditaduras e ditadores
Na quarta-feira 10 de abril, às 18h30, o Goethe-Institut em Lisboa apresenta um debate que vai marcar a comemoração dos 50 anos do 25 de Abril com a presença de Wladimir Kaminer, o DJ e escritor russo radicado em Berlim, que se tornou lendário pelas noites de Russendisko no Café Burger e pelos seus livros de crónicas, alguns já editados em Portugal.
A ideia original da conversa “O charme discreto da ditadura: o que leva as pessoas a glorificar ditadores?” surgiu do próprio autor, que está a desenvolver ideias à volta deste tema para um futuro livro, tendo lido recentemente a obra “O ditador que morreu duas vezes. A incrível história do ditador português”, do jornalista italiano Marco Ferrari, entre outras leituras que fez sobre a ditadura portuguesa. A conversa conta com a participação de Aurora Rodrigues, Irene Pimentel, Leonor Rosas e moderação de Joana Manuel.
A conversa, que vai analisar sobretudo o exemplo do Estado Novo, não se debruça apenas sobre a questão das ditaduras mais recentes, tendo em conta que outros líderes, noutros contextos de organização política dos estados e países, foram também glorificados, mesmo quando as suas ações implicaram o derrame de sangue e a perda de muitas vidas. É o caso de Estaline, ditador que ainda recentemente se confirmou como um potencial vencedor de eleições no concurso de televisão russo “Os Melhores de Nós”, ou ainda de Alexandre, o Grande, entre outros exemplos que serão mencionados ao longo desta sessão.
A entrada é livre, mediante disponibilidade de lugares na sala. A sessão será em português e alemão, com tradução simultânea e streaming.