Gretua em Aveiro celebra 45 anos com música, dança, teatro, cinema, circo contemporâneo, áreas performativas e formação
De mão em mão desde 1979 é o mote do GrETUA para o extenso ano de 2024, mas apesar de ser um ano significativo para o grupo, o programa que lança até julho tenta trabalhar a partir de outros lugares.
Nas áreas performativas, no Teatro, na Dança e no Circo Contemporâneo, a missão continua a ser o apoio à criação jovem. Para além da estreia em Aveiro dos mais recentes trabalhos de Ana Rita Xavier, Manuel Tur, Carminda Soares e Nuno dos Reis, haverá lugar para a residência artística de Alan Sencades e Alvin Yong. Com o grupo, estará ainda a dramaturga Patrícia Portela, directora artística da Rua das Gaivotas 6, na habitual rubrica dedicada à literatura dramática À Boca de Cena. A performance-palestra sobre “um país ocupado por outro” que resulta de uma viagem à Palestina pela artista Joana Craveiro, ficará apontada para Julho.
Na Música, destacam-se as tours da italiana Daniela Pes, do projecto belga Radio Hito, e de Verde Prato, da basca Ana Arsuaga, que depois de visitar Portugal o ano passado volta agora para um concerto único no território nacional, em que aproveitará para apresentar o seu novo EP Erromantizismoa. Ao palco subirá ainda a nova colaboração entre Norberto Lobo, Helena Espvall e Maria da Rocha, bem como os brasileiros DEAF KIDS, os portugueses SOUQ, Pešpäkøvå e Saturation Divers, 800 Gondomar, Monch Monch, e Girls ‘96. O ciclo “Super Nova”, da Superbock, volta a marcar presença, desta feita com B Fachada; O Marta; e Malva. Haverá ainda espaço para Joana de Sá inaugurar um novo ciclo que terá início em Julho e que terminará em Dezembro, apelidado de Sleep Stages – concertos criados para acompanharem o sono do público que se atrever a adormecer durante as 8 horas das muito prometidas noites. Dentro do trabalho realizado para o campus universitário, e para além da já regular presença no UA Campus Jazz, o grupo inaugura outra rubrica: Proscénio UA, em que colaborará na estreia de projectos académicos curriculares, premiando desta vez o trabalho do brasileiro Hélvio Mendes.
Na área da formação, e ainda de mãos dadas à Universidade, o GrETUA acolherá dois formadores: António Pedro Lopes e Vânia Rodrigues, que em dois momentos distintos vão orientar duas oficinas em torno da ideação e produção de projectos culturais.
Por fim, o grupo voltará a propor sessões de Cinema, depois de um hiato de quase 2 anos, e através de um ciclo em torno da permeabilidade do formato documental à ficção. Serão três sessões com o mote “Jogar com o Real”, que contarão com a presença dos realizadores e que também servem para iniciar um diálogo com outro trabalho mais extenso que o GrETUA iniciou o trimestre passado: a criação de um objecto fílmico, documental, em torno dos seus 45 anos de história.