Português Marco da Silva Ferreira e a brasileira Lia Rodrigues são finalistas do primeiro Prémio Internacional de Dança Rose
O coreógrafo português Marco da Silva Ferreira e a brasileira Lia Rodrigues são finalistas da primeira edição do Prémio Internacional de Dança Rose 2025, lançado pelo teatro Saddler’s Wells, foi hoje anunciado em Londres.
Marco da Silva Ferreira (ler entrevista) foi nomeado pelo seu trabalho “Carcaça”, que foi premiado em 2023 com o prémio de Melhor Coreografia atribuído pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).
Estreada em 2022 no Porto, a produção é descrita como uma tentativa de explorar a identidade portuguesa através do cruzamento de danças folclóricas e de dança contemporânea de rua e de discoteca.
Marco Ferreira da Silva nasceu em 1986 em Santa Maria da Feira e licenciou-se em fisioterapia, mas não exerceu esta profissão, dando prioridade às artes performativas. Em 2010, ganhou o concurso televisivo “Achas que Sabes Dançar”.
Como intérprete, trabalhou com André Mesquita, Hofesh Shechter, Sylvia Rijmer, Tiago Guedes, Victor Hugo Pontes, Paulo Ribeiro, David Marques, entre outros.
Para além de Marco da Silva Ferreira, os outros finalistas do Prémio na categoria Rose, para coreógrafos consagrados, são a brasileira Lia Rodrigues, o norte-americano Kyle Abraham e o grego Christos Papadopoulos.
Na categoria Bloom, aberta a coreógrafos emergentes com um máximo de dez anos de experiência, foram selecionados como finalistas a israelita Stav Struz Boutros, a francesa Leïla Ka e o taiwanês Wang Yeu-Kwn.
Todos os finalistas vão apresentar as respetivas coreografias nomeadas no teatro Saddler’s Wells entre 29 de janeiro e 08 de fevereiro de 2025, culminando no anúncio dos galardoados no dia 10 de fevereiro.
O vencedor da categoria Rose receberá 40 mil libras (47 mil euros no câmbio atual) e o premiado na categoria Bloom receberá 15 mil libras (18 mil euros).
O prémio, que será bienal, foi possível graças à contribuição de um mecenas, que se mantém anónimo, mas escolheu o nome Rose, adiantou hoje o diretor artístico do Saddler’s Wells, Alistair Spalding.
O donativo financeiro garante a realização durante 10 edições deste prémio, que Spalding afirmou que quer que “faça pela dança o que o Prémio Turner fez pelas artes plásticas ou o Booker fez pela literatura”.
Além de um júri cuja composição será conhecida em outubro, o público também poderá designar os seus favoritos através de uma votação eletrónica.
Os finalistas foram escolhidos por um grupo de seis pessoas após uma nomeação inicial por 14 profissionais internacionais de coreógrafos candidatos ao prémio com espetáculos estreados entre outubro de 2021 e fevereiro de 2023.
Spalding vincou hoje que a lista de finalistas reflete internacionalismo dos profissionais envolvidos e também “a diversidade da dança enquanto arte”.