“Excesso” é o tema do novo número da revista Electra

por Comunidade Cultura e Arte,    29 Abril, 2024
“Excesso” é o tema do novo número da revista Electra
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Novo número da revista Electra traz entrevista a Michael Hardt, o 25 de abril por Donatella Di Cesare, Portugal na Bienal de Arte de Veneza e André Príncipe na Tunísia com Badiaa Bouhrizi.

É sobre o Excesso, as suas manifestações e os seus efeitos, que trata o dossier central da revista Electra 24. Uma lei do excesso governa o mundo contemporâneo em todos os domínios: os produtos da sociedade de consumo, a lógica financeira, a riqueza e a pobreza, os fenómenos da vida social e política, o crescimento das cidades, a circulação de pessoas e mercadorias, o lixo e os resíduos. Temas que são aqui abordados em ensaios da autoria de Gianluca CuozzoChristian Salmon, Maddalena Mazzocut-MisMcKenzie WarkPaul Morland e Laurent de Sutter.

A filósofa italiana Donatella Di Cesare dá o seu testemunho sobre como viveu a Revolução de Abril, recordando uma viagem que fez a Portugal em 1975. Temas como o colonialismo, a luta pela independência e a descolonização estão presentes no trabalho com que o coletivo Sónia Vaz BorgesMónica de Miranda e Vânia Gala assegura a representação de Portugal na Bienal de Arte de Veneza 2024. As três autoras destinaram a esta edição da Electra textos e imagens que revelam o projecto «Greenhouse», um jardim crioulo que se mostra no pavilhão português sediado no Palácio Franchetti. 

Capa da revista / DR

Michael Hardt, um dos teóricos políticos mais conceituados do nosso tempo, acaba de publicar «The Subversive Seventies», uma análise das experiências revolucionárias dos anos 70, nas quais põe em destaque a lusófona. Numa conversa com a Electra, Hardt fala sobre linguagem, activismo, amor, revolução e prisão.

O mais importante crítico literário italiano, Alfonso Berardinelli, escreve sobre Italo Calvino, o grande escritor, que levou a narrativa, o conto e as formas breves, a um grau supremo de construção literária,

Na secção “Planisfério”, o fotógrafo André Príncipe viaja até à Tunísia e encontra-se com Badiaa Bouhrizi. Cantora, autora e compositora, militante das causas da liberdade e da justiça social, Bouhrizi conversa sobre política, música e identidades africanas. Esta conversa é acompanhada por um ensaio visual do fotógrafo. 

Na Electra 24 estão ainda presentes o designer Ruedi Baur, o escritor Gonçalo M. Tavares, o ensaísta e fotógrafo José Bértolo, que segue no Japão o rasto do diplomata e escritor Wenceslau de Moraes e do cineasta Paulo Rocha, e Nélio Conceição que escreve sobre Robert Musil.

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