“Excesso” é o tema do novo número da revista Electra
Novo número da revista Electra traz entrevista a Michael Hardt, o 25 de abril por Donatella Di Cesare, Portugal na Bienal de Arte de Veneza e André Príncipe na Tunísia com Badiaa Bouhrizi.
É sobre o Excesso, as suas manifestações e os seus efeitos, que trata o dossier central da revista Electra 24. Uma lei do excesso governa o mundo contemporâneo em todos os domínios: os produtos da sociedade de consumo, a lógica financeira, a riqueza e a pobreza, os fenómenos da vida social e política, o crescimento das cidades, a circulação de pessoas e mercadorias, o lixo e os resíduos. Temas que são aqui abordados em ensaios da autoria de Gianluca Cuozzo, Christian Salmon, Maddalena Mazzocut-Mis, McKenzie Wark, Paul Morland e Laurent de Sutter.
A filósofa italiana Donatella Di Cesare dá o seu testemunho sobre como viveu a Revolução de Abril, recordando uma viagem que fez a Portugal em 1975. Temas como o colonialismo, a luta pela independência e a descolonização estão presentes no trabalho com que o coletivo Sónia Vaz Borges, Mónica de Miranda e Vânia Gala assegura a representação de Portugal na Bienal de Arte de Veneza 2024. As três autoras destinaram a esta edição da Electra textos e imagens que revelam o projecto «Greenhouse», um jardim crioulo que se mostra no pavilhão português sediado no Palácio Franchetti.
Michael Hardt, um dos teóricos políticos mais conceituados do nosso tempo, acaba de publicar «The Subversive Seventies», uma análise das experiências revolucionárias dos anos 70, nas quais põe em destaque a lusófona. Numa conversa com a Electra, Hardt fala sobre linguagem, activismo, amor, revolução e prisão.
O mais importante crítico literário italiano, Alfonso Berardinelli, escreve sobre Italo Calvino, o grande escritor, que levou a narrativa, o conto e as formas breves, a um grau supremo de construção literária,
Na secção “Planisfério”, o fotógrafo André Príncipe viaja até à Tunísia e encontra-se com Badiaa Bouhrizi. Cantora, autora e compositora, militante das causas da liberdade e da justiça social, Bouhrizi conversa sobre política, música e identidades africanas. Esta conversa é acompanhada por um ensaio visual do fotógrafo.
Na Electra 24 estão ainda presentes o designer Ruedi Baur, o escritor Gonçalo M. Tavares, o ensaísta e fotógrafo José Bértolo, que segue no Japão o rasto do diplomata e escritor Wenceslau de Moraes e do cineasta Paulo Rocha, e Nélio Conceição que escreve sobre Robert Musil.