Open House Lisboa é uma deriva entre o que fica e o que muda na cidade
São dois dias do fim-de-semana de 11 e 12 de Maio para visitar 74 espaços, dos quais 48 são estreias no Open House Lisboa 2024, num total de 866 visitas guiadas totalmente gratuitas. Inclui ainda 5 passeios por diferentes bairros de Lisboa e o novo passeio sonoro Coisas e pessoas de muitos sítios do mundo, assinado pela antropóloga Filomena Silvano, que convida a encontrar o mundo inteiro e as suas diferentes culturas entre as Praças da Figueira, Martim Moniz e do Chile.
A 13.ª edição reforça a sua visão inclusiva com um programa Júnior composto por leituras, oficinas e no qual se estreiam duas visitas feitas por jovens no Centro Ismaili (sábado, 11 de Maio, entre 10h – 11h30) e na Escola do Castelo (domingo, 12 de Maio, entre 11h – 12h30) e actividades acessíveis que compreendem desde um percurso urbano em Telheiras Sul adaptado a pessoas com mobilidade condicionada (sábado, 16h), uma visita relax no Palácio do Grilo (sábado, 10h30), visita com interpretação LGP no Bairro das Fonsecas e Calçada (SAAL) no domingo às 11h e visitas tácteis ou com audiodescrição para pessoas cegas ou amblíopes, tendo sido criado um conjunto de materiais e maquetas tridimensionais para quatro equipamentos da EGEAC (Torreão Nascente da Cordoaria Nacional, Atelier-Museu Júlio Pomar, Galeria da Avenida da Índia e Galeria Quadrum). Este ano volta a chamar à participação de quem nos visita com o Open Call Visual Stories, que desafia a comunidade aficionada a partilhar fotografias, animações e ilustrações, focadas nos temas da acessibilidade e inclusão, para seleccionar até três propostas de Portugal que vão ser expostas em Dublin, no âmbito do encontro anual Open House Europe 2025.
São ainda 12 eventos Plus que se realizam em espaços do programa aliando diversos formatos que enriquecem a experiência (um documentário, dois concertos, dois workshops e sete exposições).
Os Híbridos das Transições, o mote que orienta a selecção, realizada por Alexandre Marques Pereira e Sandra Marques Pereira, da 13.ª edição, é “olhar para a hibridez que compatibiliza o que parece ser contraditório, é compreender a complexidade implícita em transformar a cidade, seja através da ruptura, continuidade ou tudo o que está pelo meio.”
Em 2024, o Open House Lisboa envolve mais de 100 especialistas e uma equipa de mais de 250 pessoas na equipa do voluntariado que tornam possível esta grande festa da arquitectura a 11 e 12 de Maio, dias em que o Open House também vai estar a decorrer em Málaga (Espanha) e Rosário (Argentina).
Sobre o Open House Lisboa
Conceito criado em 1992 por Victoria Thornton, a rede Open House Worldwide conta hoje quase 60 cidades por todo o mundo, como Londres, Maputo, Osaka, Tessalónica, Zagreb ou Buenos Aires.
Em Lisboa, o Open House acontece anualmente desde 2012 sendo uma co-organização que junta a Trienal e a EGEAC. Propõe uma selecção nova para descobrir espaços de diferentes naturezas que demonstram o papel decisivo da arquitectura na vida das pessoas e exemplificam o valor do património edificado. Desde 2020 o programa integra os passeios sonoros guiados pelo imaginário de lisboetas muito especiais.
Em 2023, passou a integrar o Open House Europe, um consórcio que reúne onze organizações culturais, de Vilnius a Lisboa, que este ano se debruçaram sobre a dimensão da acessibilidade na arquitectura.
O Atlas Open House Lisboa continua a crescer a cada edição, mapeando um conjunto de espaços tanto de acesso restrito como de público, revelando obras de arquitectura de excelência que participaram nesta iniciativa (actualmente são já 402 edifícios). Uma “ferramenta” que pretende ser replicada para as 13 cidades do OH Europe. Este atlas é só passível de consulta após o término de cada edição OHL.
Conteúdo patrocinado por Trienal de Lisboa.