Rita Payés, Yamandu Costa, Expresso Transatlântico, Criatura, Ana Lua Caiano e Selma Uamusse no Festival Tom de Festa em Tondela

por Lusa,    11 Junho, 2024
Rita Payés, Yamandu Costa, Expresso Transatlântico, Criatura, Ana Lua Caiano e Selma Uamusse no Festival Tom de Festa em Tondela
Criatura / Fotografia de Tiago Pinheira

Rita Payés, Lura, Lao Ra, Yamandu Costa, Expresso Transatlântico, Pamela Badjogo, Ana Lua Caiano e Selma Uamusse estão entre músicos e bandos agendados para a 32.ª edição do Tom de Festa, da ACERT, anunciou hoje a organização.

“Este ano o festival tem como lema ‘O direito à festa’, apesar de temos situações terríveis no mundo, como o que está a acontecer na Ucrânia e na Palestina, que estão mais próximas, mas há outras [situações de guerra], e este direito não nos faz esquecer isso”, assumiu José Rui Martins, diretor da Associação Cultural e Recreativa de Tondela (ACERT).

José Rui Martins acrescentou que “O direito à festa” “revela sim, no festival de músicas do mundo, o papel que a música tem sempre em cada um desses países para ser um ato de bem-estar e, muitas vezes, também de revolta e de contestação”.

Na apresentação da programação aos jornalistas, que se realizou hoje, em Tondela, distrito de Viseu, este responsável destacou ainda a importância do Tom de Festa, numa altura em que a cidade vive uma situação “muito peculiar” com a chegada de “imensos migrantes de vários pontos do mundo”.

“Isso para nós é sinónimo de grande felicidade, porque é sinal que Tondela não só sabe acolher, como também fica enriquecida pelos cruzamentos culturais que acontecem com as pessoas de vários pontos do mundo a residirem cá”, enalteceu.

O festival, que acontece de 10 a 13 de julho, arranca com uma “celebração à liberdade”, com o concerto “Em cantos de Abril” protagonizado pela moçambicana Selma Uamasse, o português Júlio Pereira e a Sociedade Filarmónica de Tondela.

Na mesma noite sobe ao palco Ana Lua Caiano, “uma portuguesa que, sozinha, faz acontecer música tradicional portuguesa com música eletrónica, ou seja, carrega a tradição portuguesa para a contemporaneidade”.

Yamandu Costa / Fotografia de Daryan Dornelles

E encerra no sábado, dia 13, com um “espetáculo há muito desejado de Rita Payés, a catalã [Espanha] que não só se apresenta em quinteto, como era desejo da ACERT, como ainda prometeu a presença da banda”.

“Rita Payés inicia em Tondela a sua digressão pela Europa e não só. De Tondela, onde ficará três dias a conhecer o território, segue para Cáceres, depois Madrid e termina a digressão nos Estados Unidos da América”, destacou José Rui Martins.

Também no último dia do festival, a cabo-verdiana Lura sobe ao palco num concerto de estreia com o coletivo Gira Sol Azul, um espetáculo que promete repetir uma semana depois no festival “Que jazz é este?”, em Viseu.

Nessa noite há ainda música de Jamila & The Other Heros, anunciou Daniel Nunes, da ACERT, que co-apresentou a programação e destacou as “origens palestinianas de Jamila que tem ascendentes noutros países e cuja música reflete isso” mesmo.

Ainda no festival, no dia 11, pode ouvir-se Pamela Badjogo, do Gabão, que promete levar o público a “uma viagem musical profunda e introspetiva em que explora os dramas pessoais, os triunfos e os desafios diários de uma mulher africana nos dias de hoje”.

O trio português Expresso Transatlântico fecha essa noite num concerto em que Gaspar Varela (guitarra portuguesa), Sebastião Varela (guitarra elétrica) e Rafael Matos (bateria) cruzam “a tradição portuguesa com as sonoridades contemporâneas”.

Na sexta-feira, dia 12, a noite é para acolher o concerto de Criatura, um “eclético bando de músicos, artistas e gente que se dedica a revisitar a memória popular do território” que, “por si só, são um manifesto do direito à festa e de direito à vida”.
A noite conta ainda com Lao Ra, a colombiana que apresenta um “concerto eclético, com ritmos latinos apresentados de uma forma mais pop, mais contemporânea, uma das vozes mais excitantes dos últimos tempos”.

O dia 12 fecha com o brasileiro Yamandu que se apresenta em trio, com o argentino Martin Sued, com o seu bandoneon, e o português José Manuel Neto, com a sua guitarra portuguesa, “num diálogo que celebra a tradição ibero-americana”.

O Tom de Festa conta ainda com atividades paralelas, como “a gastronomia do mundo”, um mercado sustentável, workshops e exposições como a do tondelense Gustavo Dinis e a do movimento Tom de Verde.

“Uma mostra que quer despertar consciências para a sustentabilidade e, ao longo do festival, a exposição será diferente todos os dias”, anunciou a organização que disse ter disponível a programação na página da internet da ACERT.

Gostas do trabalho da Comunidade Cultura e Arte?

Podes apoiar a partir de 1€ por mês.