Noiserv dá concerto para plateia flutuante na ilha do Faial, Açores, no Festival Maravilha
O Festival Maravilha está de volta à ilha do Faial para a sua segunda e última etapa. Entre os dias 12 e 13 de julho, o ponto de encontro passa a ser o oceano atlântico, trocando o solo firme pela ondulação do mar, entre as águas da baía de Porto Pim e o interior do Porto da Horta que continua cheio de veleiros e catamarãs.
No dia 12 de julho, às 21h, a Honky Tonk Sailing Band (várias nacionalidades) marca o início do Maravilha com um espectáculo que combina o jazz tradicional de New Orleans com projeções de vídeo nas velas de um veleiro, que pode ser visto na praia de Porto Pim.
No dia 13, a festa continua com um concerto imperdível de Noiserv (Lisboa, Portugal), um dos projetos musicais portugueses mais inovadores da atualidade. David Santos, o criador do projeto, utiliza uma variedade de instrumentos, como metalofone, omnichord, melódica e guitarras, combinados com uma loopstation para criar uma experiência musical única. O concerto é gratuito e começa às 21h, no Porto da Horta. O público é convidado a assistir a partir de qualquer embarcação: barcos, veleiros, kayaks, jangadas, SUPs, pranchas, boias ou até flamingos insufláveis.
Mas não é só de música que se faz este festival, Soizic Seon (França/Bélgica) irá pintar um mural no decorrer do Maravilha, na freguesia do Capelo. Na baía de Porto Pim, a artista Joana Bértholo (Lisboa, Portugal) instala um conto flutuante na Jangada Maravilha, que pode ser lido por quem for mais curioso. E, também podem ser vistas pelas ruas do Faial duas obras site-specific de Superlinox (Setúbal, Portugal), que muitos já chamam de Banksy português, devido à sua natureza urbana e crítica social.
“O Festival Maravilha é para todos”, afirma Tomás Melo, Diretor Artístico do festival. “Estamos comprometidos em oferecer uma programação acessível que valorize a diversidade e a participação de todas as pessoas, independentemente da idade ou origem.” Com entrada gratuita, programação diversificada e um ambiente acolhedor, o festival oferece algo para todos os gostos e idades e reforça o seu compromisso com a inclusão e democratização do acesso à cultura.
Apresentações de artistas locais e internacionais, workshops, atividades para crianças, artesanato, gastronomia e espaços para relaxar garantem um fim de semana memorável para toda a família. “Acreditamos que a arte e a cultura têm o poder de unir as pessoas e criar memórias inesquecíveis”, afirma Aurora Ribeiro, da organização do festival. “Foi por isso que criámos um programa propositadamente eclético, que possa chegar a todos.” Tomás Melo, acrescenta: “Estamos muito felizes com a adesão que o festival tem tido até agora. Convidamos todos aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de vir celebrar connosco a beleza da nossa ilha e a criatividade que aqui floresce.”
Entre os dias 6 e 10 de junho, o primeiro momento do Festival Maravilha, reuniu a comunidade na ilha do Faial. Bailou-se a tradicional chamarrita – como sempre – e ensinou-se a quem ainda não sabia os passos. Nos dias 12 e 13 de julho, a festa será no mar, onde a inclusão e a magia continuam.
O Festival Maravilha é organizado por 20 voluntários da Associação Cultural Fazendo e conta com o apoio financeiro da Direção-Geral das Artes, da Câmara Municipal da Horta, do Governo dos Açores, da Novo Rumo Viagens e Turismo, da Gelados do Atlântico, da Ourivesaria Olimpio e com o suporte logístico de muitas empresas locais. Para mais informações sobre o Festival Maravilha, incluindo a programação completa e como chegar ao local dos concertos aquáticos, podem ser encontradas no site e nas redes sociais.