Já são conhecidos os vencedores da Competição Verdes Anos e dos prémios de indústria do Doclisboa
Já são conhecidos os nomes dos vencedores da Competição Verdes Anos e dos prémios de indústria da 22ª edição do Doclisboa. A cerimónia de entrega dos prémios aconteceu ontem na Culturgest.
Na Competição Verdes Anos, que premeia primeiros trabalhos e realizadores emergentes, o Prémio Canais TVCinePara Melhor Filme da Competição Verdes Anos foi para a obra Petrolia, de Giulia Mancassola, por, nas palavras do júri, ter a “capacidade de retratar um espaço sustentado no tempo, pela forma como absorve o contexto ambiental e propõe um presente longe do pessimismo”. Já o Prémio Pedro Fortes para Melhor Filme Português foi atribuído a Os Mortos de Sobrecasaca, de Manuel Rainha, “pela exploração de diferentes referências cinematográficas, pelo rigor da linguagem, pela recuperação do imaginário mítico português e pelo risco de trabalhar com actores não-profissionais”. O Prémio para Melhor Curta-Metragem foi para The Quiver, de Judith Deschamps, “pelo alto nível da proposta estética, por ousar adivinhar as próximas tendências do cinema documental, por reflectir a realidade em torno de um debate muito actual e por transferi-la através da corporalidade do filme”.
Prémios NEBULAE
Foram também entregues os Prémios Nebulae, projecto de indústria e espaço de networking do Doclisboa, e os Prémios Arché, espaço de desenvolvimento e pensamento criativo da Apordoc a decorrer durante o festival. O Prémio DAFilms para Melhor Primeiro ou Segundo Projecto Arché ou País Convidado em Fase de Escrita, Desenvolvimento ou Finalização foi atribuído a Sara Flores Y El Universo del Kené, de Èlia Gasull Balada e o Prémio Pitch the Doc para Melhor Projecto País Convidado em Fase de Escrita, Desenvolvimento ou Finalização foi para Reflejos de la Casa Verde, de Antonio Morales.
Foi também anunciado o País Convidado do Nebulae 2025. Neste caso, será não um país, mas o Benelux, organização que junta a Bélgica, os Países Baixos e o Luxemburgo, e que terá um espaço privilegiado na componente de indústria do Doclisboa 2025.
Finalmente, foram anunciados os vencedores dos prémios Arché. O júri do Arché – constituído por Catarina Mourão, Clémentine Mourão-Ferreira e Juan Pablo Bastarrachea – distinguiu dois dos projectos de filme a concurso na edição deste ano do laboratório de desenvolvimento da Apordoc. O primeiro, o Prémio Documentary Association of Europe de Desenvolvimento do Talento para Melhor Projecto Arché em Fase de Escrita ou Desenvolvimento, foi entregue a Ruído, de Juan Pablo Polanco. Já A Terra das Viúvas dos Vivos, de Melanie Pereira, foi distinguido com o Prémio Escola das Artes, Universidade Católica Portuguesa – Prémio Especial do Júri para Melhor Projecto Arché em Fase de Escrita ou Desenvolvimento. O mesmo filme foi ainda galardoado com o Prémio #LINK Encuentro Iberoamericano de Cine Documental para Melhor Projecto Arché Português em Fase de Escrita ou Desenvolvimento e com o Prémio Impronta para Melhor Projecto Arché ou País Convidado em Fase de Escrita ou Desenvolvimento.
Por último, o Prémio FIDLab para Melhor Projecto Arché Português em Fase de Escrita, Desenvolvimento ou Finalização, um prémio da FIDLab, a plataforma de co-produção internacional do FIDMarseille, que surge da vontade de ajudar a arrancar a produção de novas obras, foi entregue a Penitentes, de Diogo Pereira.
Os participantes levaram os seus projectos a apresentação na Culturgest, depois de três dias de oficinas, seguidas de reuniões individuais com profissionais da indústria.
Entramos agora no último fim-de-semana do Doclisboa, que tem trazido à cidade filmes, debates, festas e muitas actividades à cidade, enchendo as salas de sempre: Culturgest, Cinema São Jorge, Cinemateca Portuguesa, Cinema Ideal e Casa do Comum. Programa completo aqui.