Gaya de Medeiros, Meredith Monk, Tiago Rodrigues, Mão Morta e Vera Mantero na Culturgest em 2025

por Lusa,    15 Dezembro, 2024
Gaya de Medeiros, Meredith Monk, Tiago Rodrigues, Mão Morta e Vera Mantero na Culturgest em 2025
Meredith Monk / Fotografia de Christine Alicino

A música de Meredith Monk, Bill Frisell, Keeley Forsyth, Norberto Lobo e Ben Chasny faz parte da programação hoje anunciada pela Culturgest para 2025, que também conta com espetáculos de Vera Mantero, Gaya de Medeiros e Tiago Rodrigues.

A programação da Culturgest, em Lisboa, a cumprir de fevereiro a agosto do próximo ano inclui teatro, dança, cinema, música e artes visuais, soma estreias e atividades “fora de portas”, e aborda temas tão distintos como “limites do corpo, luto, gestos do dia-a-dia, entreajuda social, experimentalismo, resistência, fascismo e liberdade”.

No teatro e na dança, destacam-se as novas criações de Tiago Rodrigues, em fevereiro, e de Raquel André com Tonan Quito, em junho: “No Yogurt for the Dead”, inspirada nos últimos dias de vida do pai do atual diretor do Festival d’Avignon, será apresentada em estreia nacional de 19 a 23 de fevereiro; “Começar Tudo Outra Vez”, de Raquel André, que aborda histórias de vida, de morte e de políticas de migração, estreia-se a 25 junho.

“No Yogurt for the Dead”, de Tiago Rodrigues

A coreógrafa dinamarquesa Mette Ingvartsen, em março, traz duas coreografias: “All Around”, com o baterista Will Guthrie, “um concerto com dança em que o público ocupa um espaço performático”, e “Skatepark”, com ‘skaters’, para marcar “a visibilidade de uma comunidade”, que também vai ser apresentado no Rivoli, no Porto, nos dias 28 de fevereiro e 01 de março.

Em abril, Gaya de Medeiros estreia-se na Culturgest com “Cafezinho”, peça inspirada em “Café Muller”, da coreógrafa alemã Pina Bausch. A nova coreografia de Vera Mantero, “C.C. (Crematística e Contraforça)”, está marcada para maio, depois da estreia, dias antes, no festival Dias Da Dança. E o espetáculo “Exist above – after the tempest”, de Anne Teresa De Keersmaeker, abre o mês de junho, dias antes da apresentação no Porto, meses depois de ter pedido desculpa à companhia Rosas que fundou e a acompanha, na sequência de denúncias de ‘bullying’.

Mão Morta / Fotografia de Adriano Ferreira Borges

A programação de música, em fevereiro, conta com Meredith Monk & John Hollenbeck, no intimismo de “Duet Behavior”; Norberto Lobo e Ben Chasny (Six Organs of Admittance), num concerto dedicado a Carlos Paredes, no centenário do guitarrista; e com os Mão Morta, que celebram 40 anos de carreira com o álbum “Viva La Muerte!”, inspirado nas vozes da Revolução.

Março é a vez do trio do guitarrista Bill Frisell, com Thomas Morgan e Rudy Royston, e de Keeley Forsyth, que se estreia em Portugal com o álbum “The Hollow”. Abril conta com Memória de Peixe e o terceiro álbum, “III”, e com Mark Eitzel (American Music Club), que se apresenta com um octeto de cordas, formado por alunos da Escola Profissional de Música de Espinho e do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga. O “Silêncio” de Moritz von Oswald, com o Nova Era Vocal Ensemble, fecha o mês de maio.

Nas artes visuais serão inauguradas exposições de Susan Hiller (“Dedicado ao Desconhecido”), Marcel Broodthaers (“Archive”) e de Fernando Marques Penteado. O ciclo Território, entre o espaço Fidelidade Arte, em Lisboa, e a Culturgest Porto, será definido pelas mostras “Se Eu Tivesse Mais Tempo, Teria Escrito Uma Carta Mais Curta”, “Jardineiro Relutante” e “Acloc o’Clock”.

As exposições “Meia Sombra” e “Joga o Jogo: Partida…”, a partir da coleção de arte da CGD, serão apresentadas, respetivamente, no Museu do Caramulo e no MU.SA – Museu das Artes de Sintra.
Em termos participativos, com “envolvimento social”, haverá Capicua e o músico Luís Montenegro, reunidos numa coprodução com o Teatro Viriato, de Viseu, e o Theatro Circo de Braga; o coletivo de arquitetura de Braga Space Transcribers; o projeto “Motion”, do Teatro Frio; e “Isto Não é Um Cubo”, que reúne artistas e públicos de Évora, Lisboa e São Miguel.

A programação de verão alastrar-se-á a espaços exteriores, estando desde já anunciados concertos da Orquestra Jazz de Matosinhos e o programa de estudos experimentais para artistas performativos, “Mystery School of Choreography”.

Na área das conferências, destacam-se a mesa-redonda sobre “arte como forma de resistência”, com Ananya Jahanara Kabir, Dino D’Santiago e Patrick de Chamoiseau; o debate sobre fascismo e extrema-direita, com Adolfo Luxúria Canibal, Luís Trindade, Miguel Pedro e Sílvia Correia; e o ciclo “Mundo Quântico: estranhamente familiar”, a propósito dos cem anos de Física Quântica.

No cinema, a Culturgest recebe a quarta edição da Ampla, em fevereiro, mostra de filmes premiados em 2024 nos principais festivais nacionais, e o 22.º Indielisboa, de 1 a 11 de maio. A programação integral fica disponível a partir de hoje no ‘site’ da Culturgest.

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