Braga recebe exposição “A Origem das Pequenas Invenções”, de Mário Cesariny
Está patente na Casa dos Crivos a exposição “A Origem das Pequenas Invenções” de Mário Cesariny, com curadoria de António Gonçalves.
A presente exposição da obra plástica de Mário Cesariny oferece-nos uma visão antológica com base numa selecção de obras da colecção da Fundação Cupertino de Miranda.
Embora Mário Cesariny tenha sido mais referenciado no âmbito da sua criação poética, não é contudo possível descurar a sua prestação plástica e este núcleo de obras é um testemunho do que foi essa sua intervenção. Um autor que desenvolveu uma obra que demonstra uma enorme liberdade, leva-nos para territórios criativos onde o carácter experimental e informalista defendem a sua acção dentro do movimento surrealista.
Esta mostra contempla, entre outros, os núcleos da pintura, desenho e colagens. No que concerne à Pintura, as obras assumem um carácter experimental e informalista, onde são apresentados os aquamotos e peças com as experiências de tinta-da-China e vernizes. Uma conjugação desse informal com intervenção do autor numa articulação do acaso com um sentido mais objetivo. No Desenho, as linhas vão-nos denunciando algumas das figuras que preenchem a sua obra, como o exemplo a “Menina Poesia”.
Na Colagem, revela-se a articulação da palavra com a imagem numa constante estruturação poético/visual num sentido mais provocatório.
Visitas Guiadas e visualização de documentário:
O documentário “Autografia: um Retrato de Mário Cesariny” encontra-se disponível para visualização no auditório da Casa dos Crivos, através de marcação em pelo site Câmara Municipal de Braga.
Trata-se de um documentário que retrata a vida, do percurso e individualidade do poeta e pintor surrealista Mário Cesariny. Documentário realizado por Miguel Gonçalves Mendes, vencedor do Prémio de Melhor Documentário Português no Festival DocLisboa 2004. Autografia pretende retratar, não o poeta e pintor Mário Cesariny, mas sim a sua vida, o seu percurso e a sua individualidade. Sendo este um trabalho que vive sobretudo das questões colocadas (ausentes) e das respectivas respostas, optou-se por assumir como fio condutor um dos seus poemas – Autografia – que servirá de mote para as questões intencionadas, de modo a que o filme assuma um carácter intimista, estabelecendo-se um diálogo entre quem vê e quem é retratado.
A visita poderá ser feita em português ou inglês. A exposição está patente até ao dia 9 de Setembro e é de entrada livre.