A Base Lx, em Cascais, mostrou o trabalho de 64 jovens artistas

por João Pinho,    15 Junho, 2018
A Base Lx, em Cascais, mostrou o trabalho de 64 jovens artistas
Fotografia de Marta Vicente / CCA
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No passado dia 10, tivemos a oportunidade de conversar no Forte de Santo António da Barra com um dos organizadores, Vasco Galhardo Simões, do novo projecto Base Lx, uma associação juvenil sem fins lucrativos, muita recentemente baseada em Cascais. Em poucas palavras, é uma organização cheia de iniciativa e, como os próprios se auto-dominam, “uma plataforma artística criada por e para jovens”.

Durante três dias, que começou no dia 8, decorreu uma exposição das mais variadas áreas das artes como também concertos, debates e até um stand-up comedy. O evento principal foram as obras expostas por jovens até aos 30 anos que vivem em Portugal, podendo não ser de nacionalidade portuguesa. Para surpresa dos próprios organizadores, receberam inúmeras respostas de artistas ao abrirem um concurso sendo que, no fim, escolheram 64 artistas.

Fotografia de Marta Vicente / CCA

Porém, este projecto não quer ficar por aqui. Segundo o Presidente da Câmara de Cascais, Carlos Carreiras, a câmara vai disponibilizar um edifício que se tornará a base desta associação e aí poderão finalmente evoluir para uma nova fase como associação. Uma característica especial e bastante estimulante da organização é ser governada por jovens que não têm medo de pôr as mãos na massa, lutar contra a burocracia e entrar no chamado “mundo dos adultos”. O seu objectivo máximo é apoiar os jovens artistas, independentemente da sua localização ou da área de trabalho. Perceberam que o seu projecto é único e que um artista que saia da faculdade ou ainda mesmo durante o curso tem enormes dificuldades em expor o seu trabalho com total liberdade criativa e sem burocracias. Estão a lutar por se tornarem numa força dinamizadora num país pequeno, mas cheio de jovens artistas criativos. No fim da meta, está um objectivo simples – tornarem-se numa agência e num mediador entre o artista e o mercado. Algo que irá facilitar principalmente o início da carreira de um artista e irá dinamizar ainda mais a cultura do país que muitas vezes está desorganizada ou simplesmente centralizada.

Estejam atentos a este projecto que certamente irá trazer novidades nos próximos meses e que, segundo o organizador, já teve uma sucesso considerável neste primeiro evento, tanto em termos de venda de peças como também no reconhecimento mediático e em termos de visitantes.

Fotografia de Marta Vicente / CCA

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