À descoberta de Lisboa

“A invenção de Lisboa” é o tema do Open House Lisboa, deste ano, que está de regresso no fim de semana de 10 e 11 de Maio. São 72 espaços, entre os quais 23 em estreia absoluta no roteiro, todos de acesso gratuito, que integram alguns clássicos da cidade e projetos contemporâneos. Mas há muitos mais a descobrir na 14ª edição de uma iniciativa que já conquistou um espaço privilegiado nas ofertas culturais e arquitetónicas da cidade.
Este ano, o Open House Lisboa convida o público a uma reflexão sobre a cidade que é composta por edifícios individuais, mas também por infraestruturas e espaços invisíveis percorridos diariamente e que ligam toda a cidade. Comissariada pela dupla de arquitectos Daniela Sá e João Carmo Simões, a iniciativa apresenta uma lista de 72 espaços, dos quais 23 novidades, como o Panteão Nacional ou o Cemitério Britânico e a Igreja Anglicana de St. George; mas também lugares mais surpreendentes, como o Uni Cocktail Bar, o estúdio de som InSound, e os espaços privados que combinam arquitetura e arte, como pode ser observado nos apartamentos Casa do Castelo ou apartamento Barbosa du Bocage, citando dois exemplos.
O Open House Lisboa traz ainda o habitual programa paralelo que permite experienciar esta iniciativa cultural de uma forma mais imersiva e completa.
Exemplo desta oferta são os Percursos Urbanos, com quatro novos trajetos desenhados e acompanhados por especialistas, como “Do arco ao Rossio, uma viagem pela racionalidade pombalina”, pelo historiador Anísio Franco; “A colina acessível”, que se inicia na Rua dos Douradores e vai até à Colina da Graça, conduzido pelo arquiteto João Favila Menezes; o passeio “A ribeira de Lisboa”, entre o Mosteiro de São Vicente de Fora e a Ribeira das Naus, acompanhado pelos arquitetos paisagistas João Gomes da Silva e Inês Norton; e, finalmente, o “Aqueduto de Lisboa”, num percurso de 3,5 quilómetros entre o Aqueduto das Águas Livres e o Miradouro de São Pedro de Alcântara, por Mara Fava e Margarida Filipe, da EPAL.
Há ainda lugar para as Visitas Acessíveis que estão disponíveis em 21 espaços, e que incluem visitas com intérprete LGP, para pessoas S/surdas; visitas Relax, para pessoas com deficiência cognitiva; e visitas por Sopradores de Imagens, para pessoas cegas ou com baixa visão.
O Programa Plus, desenvolvido e promovido por alguns dos espaços que integram o roteiro Open House, inclui um conjunto de 11 atividades gratuitas, espalhadas por vários pontos da cidade, e que a cada edição se apresentam em diferentes formatos. Exposições, workshops, debates e concertos, entre outros, são algumas das possibilidades que o Plus programou para este ano.
Pensado para os mais novos, o Programa Júnior apresenta atividades desenhadas pelo serviço educativo e parceiros, dirigidas a crianças a partir dos seis anos e suas famílias. Entre elas, é possível, por exemplo, conhecer a arquitetura e o abecedário árabe, no Centro Ismaili; ou a leitura e visita-oficina “Uma casa não é gaiola”, apresentadas no Palácio Grilo, criadas a partir do livro “Uma casa é uma montanha é um chapéu”, editado pela Trienal de Arquitectura de Lisboa, no ano passado.
Finalmente, a open call Visual Stories convida o público a registar as suas experiências através de fotografia, desenho ou vídeo, participando, assim, no desafio que é lançado pelo Open House Europe. Os projectos vencedores, seleccionados em toda a Europa, serão integrados numa exposição coletiva em Atenas e incluídos num catálogo. Todas as informações estão disponíveis no site da Open House.
Conteúdo patrocinado por Associação Trienal de Arquitectura de Lisboa.