A música do amanhã está aqui: 10 novos artistas para descobrir no MIL
De 27 a 29 de Março, há 70 talentos musicais vindos de todo mundo para descobrir em 9 salas do Cais do Sodré no MIL – Lisbon International Music Network, o festival e convenção dedicado à internacionalização e promoção da música actual, com especial foco na produção musical dos países de língua portuguesa.
Atentos às novas tendências da música popular actual, o programa artístico do MIL aposta em artistas com potencial de exportação e internacionalização. Eis 10 projectos para descobrir durante o festival vindos de diversos pontos do mundo.
Blu Samu: a rapper samurai meio portuguesa meio belga
De Portugal para Bruxelas, passando pela Antuérpia, Blu Samu já viveu várias vidas. Salomé dos Santos, belga com origem portuguesa, rapidamente se tornou na nova sensação da cena de música underground belga, contando a sua história através de uma mistura intuitiva de hip-hop, soul e funk brasileiro. Em 2018 lançou o seu EP de estreia Moka e desde então que tem vindo a conquistar plateias em várias cidades europeias. Chegou a vez de Portugal ouvir a sua história.
Bobbie Johnson: Rapping Adele, de Brighton para o mundo
A produtora e rapper de Brighton Bobbie Johnson combina hip-hop, grime, garage e glitch para criar uma amálgama de sons que suportam o seu pensamento socialmente consciente. Acompanhou Rag N’ Bone Man e Roots Manuva em tour e conta com dois EPs lançados: You & I e Defier. Apelidada de Rapping Adele por muitos, Bobbie Johnson é uma das vozes da nova vaga de hip-hop britânico que ainda vai dar muito que falar.
Conan Osiris: o homem do momento
É impossível ficar a indiferente a Conan Osiris. Tiago Miranda estreou-se com Silk (2014), mas foi Adoro Bolos (2018), disco lançado pela netlabel AVNL Records, que captou a atenção da crítica e o fez conquistar uma base de fãs alargada que canta cada letra dos hinos Celulite e Borrego. No final do ano passado estreou-se além-mar, integrando o alinhamento dos showcases diurnos da SIM São Paulo, maior conferência de música da América Latina. Não é só Portugal inteiro que está com os olhos postos nele.
Edgar: a voz do nosso futuro
Edgar, ou O Novissimo Edgar, é um dos artistas mais intrigantes na cena de hip-hop brasileiro actual. Rapper de São Paulo nascido em Guarulhos, o seu rap futurista e único chamou a atenção da crítica em 2018 com o lançamento do seu novo álbum Ultrassom, valendo-lhe a indicação como artista revelação no Prémio Multishow 2018. Edgar é a voz do nosso futuro e a consciência da nossa sociedade de consumo de loucura.
Letrux: a power woman que está a virar a música brasileira do avesso
Letrux, alter-ego de Leticia Novaes, agitou a música independente brasileira com o seu debuto a solo Letrux em Noite de Climão (2017), disco synthpop com influências da música dramática italiana. Com nova identidade, depois do fim de Letuce, Letrux ganhou novo destaque na cena de música brasileira depois o seu disco ter sido considerado um dos melhores álbuns de 2017 por diversos meios de comunicação e premiado pelos Prémios Multishow. O arranque do MIL está entregue a Letrux e a sua banda.
Ibaaku: a electrónica afrofuturista de Dakar
Nascido em Dakar, Ibaaku é um artista multi-facetado: produtor, multi-instrumentista, compositor e locutor de rádio. Em 2016 deu-se a conhecer ao mundo com Alien Cartoon, álbum que cruza as influência do hip-hop e da música electrónica experimentar com referências senegalesas e sons locais remixados. A sua electrónica afrofuturista já contagiou a Europa inteira e chegou agora a vez de Portugal.
Kompromat = Vitalic + Rebeka Warrior
O gigante da EDM francesa Vitalic juntou-se a Rebeka Warrior para criar Kompromat, um novo projecto inspirado na música electrónica de Berlim, algures entre Einstürzende Neubauten e Crash Course in Science. É tanto obscuro como feliz: um êxito garantido na pista de dança, portanto.
MC Buseta: o “rookie” da cena de música urbana espanhola
MC Buseta é o novo talento da cena de música urbana espanhola. Com apenas 19 anos, João nasceu em São Paulo e cresceu nas ruas de El Raval em Barcelona. Deu os primeiros passos na boys band Los Sugus e em 2018 lançou-se a solo com Heart Breaker, mixtape com 5 faixas de favela funk e trap que se tornaram escolha obrigatória em qualquer pista de dança nos clubes nocturnos espanhóis. Numa altura em que o spanish trap está a dominar tops pelo mundo fora, MC Buseta é um dos nomes a reter.
Môrus: loops tribais e timbalões agressivos
Môrus surgem no Verão de 2017 como uma banda que navega paralelamente à amizade de Jorge Barata e Alexandre Moniz. Môrus são bateria, voz e loops tribais de guitarra hipnotizantes. Partem do que melhor se fez na música de tradição popular e folclore portuguesa para a reinventar e dar-lhe uma identidade única. O primeiro EP de estreia Borba saiu em 2017 e o EP homónimo em 2018.
Pongo: a diva do kuduro
Pongo é a diva do kuduro progressivo e mestiço. Dez anos depois de dar voz a Kalemba (Wegue Wegue), a ex-vocalista dos Buraka Som Sistema voltou em 2018 com um trabalho a solo. PONGO encarna a renovação do kuduro, misturando as suas raizes africanas com a EDM, bass music e pop melódico. Baia, o EP de estreia, levou-a a tocar em diversos festivais internacionais, tendo sido considerada uma das melhores actuações do festival Trans Musicalles em Rennes. Fica a promessa: Pongo regressou e veio para ficar.
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