Academia dos Óscares lança campanha de 500 milhões de dólares para expandir alcance da 100.ª edição

por Lusa,    11 Maio, 2024
Academia dos Óscares lança campanha de 500 milhões de dólares para expandir alcance da 100.ª edição
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A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou hoje o lançamento da campanha Academy100 para expandir o seu alcance global, diversificar as receitas e preparar as celebrações da 100.ª edição dos Óscares, que irá acontecer em 2028. 

A campanha, no valor de 500 milhões de dólares (perto de 464 milhões de euros), vai financiar vários tipos de iniciativas viradas para a Sétima Arte. Incluem-se aqui programas de preservação da história do cinema, produção de conteúdos digitais, criação de exposições e exibições de filmes, formação da próxima geração de cineastas e reconhecimento de excelência na arte e inovação cinematográfica. 

“O futuro da Academia é global e a Academy100 vai aprofundar o alcance e impacto globais”, afirmou o diretor executivo (CEO) da organização, Bill Kramer, no anúncio da campanha. “A Academia vai entrar em breve no seu segundo século e queremos garantir que continuaremos a ser o líder proeminente da nossa comunidade de cinema internacional”, continuou. 

Kramer reconheceu a necessidade de ter “uma base de apoio sustentável e diversa” para uma organização que quer garantir a continuidade pelos próximos 100 anos.

A campanha já tem 100 milhões de dólares (perto de 93 milhões de euros) assegurados e o parceiro de maior peso é a Rolex, numa rede de apoio que também inclui a Delta Airlines, a Cinecittà e a PwC.

A histórica ‘cidade do cinema’ de Itália manifestou satisfação com a parceria, sobretudo no apoio “ao Museu da Academia e à sua programação de filmes italianos,” como afirmou o diretor executivo da Cinecittà, Nicola Maccanico, citado no comunicado hoje divulgado. “A Cinecittà” está determinada “a estabelecer-se como um ator industrial líder na indústria cinematográfica global”, tal como a Academia, acrescentou Maccanico.

Como parte da Academy100, a Academia vai organizar eventos para a comunidade e programas educativos com os seus membros e outros cineastas em várias partes do mundo. As cidades mencionadas no lançamento incluem Cannes, Londres, Roma, Veneza, Lagos, Toronto, Melbourne, Cidade do México e outras, além do epicentro em Los Angeles. 

“À medida que a Academia e a indústria do cinema se tornam cada vez mais globais, esta expansão internacional vai ajudar a desenvolver novos cineastas e membros da Academia e apoiar a comunidade cinematográfica internacional”, realçou a organização. 

A partir de 2027, em preparação para a 100.ª edição dos Óscares, o Museu da Academia, em Los Angeles, terá séries especiais de exposições, filmes e publicações ligados à história da Academia e dos seus Prémios. 

A Academia tem neste momento perto de 11 mil membros, com 30% a residir fora dos Estados Unidos, algo que a presidente, Janet Yang, disse que vai continuar a crescer e reflete o esforço de diversificação dos últimos anos. Apesar de continuar a ser criticada pela falta de diversidade e o afunilamento das nomeações – poucas mulheres e poucos nomeados não caucasianos – o esforço tem levado a maior entusiasmo com filmes internacionais, por exemplo. 

A mais recente entrega dos Óscares, que decorreu em março, teve a maior audiência dos últimos quatro anos, atingindo 21 milhões de espectadores. A recuperação inverte uma tendência que vinha marcando não só a cerimónia da Academia como também a transmissão de outras galas da temporada de prémios em Hollywood.

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