Artista de animação Nizo Yamamoto dos estúdios japoneses Ghibli morre aos 70 anos

por Lusa,    22 Agosto, 2023
Artista de animação Nizo Yamamoto dos estúdios japoneses Ghibli morre aos 70 anos
“Grave of the Fireflies” (“Hotaru no Haka”, 1988)
PUB

O diretor de arte de animação e artista Nizo Yamamoto, que trabalhou nos filmes dos estúdios Ghibli e na série “Conan, o Rapaz do Futuro”, morreu de cancro aos 70 anos, anunciou a família nas redes sociais.

Yamamoto — que trabalhou com realizadores como Satoshi Kon, Mamoru Hosoda e Makoto Shinkai — morreu a 19 de agosto na sua casa em Saitama, a norte de Tóquio, anunciou o seu filho mais velho, Takao Yamamoto, numa declaração nas redes sociais, na segunda-feira. 

O seu primeiro trabalho como diretor artístico foi na série “Conan, o Rapaz do Futuro” (“Mirai Shōnen Konan”, 1978), realizada por Hayao Miyazaki para o estúdio Nippon Animation, que chegou a Portugal nos anos 1980, exibida pela RTP.

Em 1985, Miyazaki convidou-o a juntar-se ao seu novo estúdio, o Studio Ghibli, para participar na produção de “O Castelo no Céu” (“Laputa”, 1986), e participaria em numerosas obras de Miyazaki ou do seu parceiro Isao Takahaya, incluindo “Grave of the Fireflies” (“Hotaru no Haka”, 1988) e a “Princesa Mononoke” (“Mononoke Hime”, 1997).

Yamamoto também trabalhou como diretor de arte e artista de fundo em filmes de culto como “Perfect Blue” (1997), de Satoshi Kon, “A Rapariga que Saltou no Tempo” (“Toki wo Kakeru Shojo”, 2005), de Mamoru Hoshoda, e “O Tempo Contigo” (“Tenki no Ko”, 2019), de Makoto Shinkai, que estabeleceram a perceção das suas nuvens características, apelidadas de “nuvens Nizo”.

Nascido em 27 de junho de 1953 na ilha de Goto, no sudoeste da província de Nagasaki, Yamamoto mudou-se para Tóquio depois de estudar arquitetura e pintura numa escola secundária em Gifu, no centro de Tóquio, para se formar na Faculdade de Design da capital.

Yamamoto também se juntou à Telecom Animation Film, onde foi responsável pelos cenários do filme “O Castelo de Cagliostro” (“Lupin III: Kariosutoro no shiro”, 1979).

Gostas do trabalho da Comunidade Cultura e Arte?

Podes apoiar a partir de 1€ por mês.