Banda Máquina quer responder à ânsia do público de se querer mexer e dançar
O trio Máquina lançou este ano 40 minutos de música gravada num álbum de quatro faixas e quer dar resposta ao que descrevem como uma vontade do público de dançar e de se libertar.
O álbum de estreia, “Dirty Tracks for Clubbing”, saiu em janeiro pela Saliva Diva e é descrito pela editora como um “rock sujo com psicadelismo em tons negros e piscares de olhos pouco tímidos à força industrial da dança”.
A lista de concertos da banda composta por Halison Peres, Tomás Brito e João (único membro listado apenas com o primeiro nome) estende-se pelos duplos dígitos, com passagens por festivais como Basqueiral, Zigurfest, Woodrock e Paredes de Coura, onde estiveram no Sobe à Vila e, mais tarde, substituíram Last Dinner Party no palco secundário.
Em conversa telefónica com a Lusa, os três elementos do grupo nascido em Lisboa atribuíram a receção do público à energia positiva de quem os rodeia: “Essa energia de várias pessoas, que estavam a querer que nós tivéssemos oportunidades e exposição, e essas pessoas todas a pensar no mesmo e a sentir o mesmo, parece que o universo fez acontecer também”.
“O pós-covid trouxe um ciclo novo para todas as pessoas e você poder ir a um concerto e poder dançar e se libertar e curtir é sempre fixe, as pessoas têm procurado isso mais, viver o momento. Às vezes, fazer planos a longo prazo pode ser um tiro no pé, porque pode aparecer qualquer problema”, disse o baterista, letrista e vocalista Halison Peres.
Para o guitarrista João, as oportunidades que foram surgindo — e sendo aproveitadas — aconteceram “porque o circuito é diferente de há cinco anos” e por hoje não haver tantos conjuntos com um som semelhante ao que Máquina (nome muitas vezes estilizado com carateres em cirílico e com um ponto final) estão a fazer.
“O pessoal quer é dançar e está com ânsia de querer se mexer, ir para concertos, estar com pessoas”, acrescentou o guitarrista da banda que, ao longo da entrevista, menciona por várias vezes o nome da agência Pointlist e do seu fundador João Modas.
Já com uma atuação passada em Espanha (Lugo, em julho) e com outra agendada para Menorca, no dia 23 deste mês, os Máquina têm também marcados concertos no Suave Fest, no dia 15, e nas Cartaxo Sessions, no dia seguinte.
A banda vai ainda subir ao palco do Amplifest, no Porto, no dia 24, e do Maus Hábitos, na mesma cidade, no dia 29, num concerto com Cobrafuma e Conferência Inferno.
Na semana passada, os Máquina acabaram de gravar um novo disco, no Porto, com Carlos de Jesus, dos Sunflowers.
Ainda sem título, a banda tenciona lançar o álbum no primeiro semestre do próximo ano.
“Estamos a planear no próximo ano espalhar o álbum lá para fora [no estrangeiro] também”, disse Halison Peres.