Bienal Internacional de Arte de Cerveira recebeu 8.560 visitantes desde julho

por Lusa,    30 Dezembro, 2024
Bienal Internacional de Arte de Cerveira recebeu 8.560 visitantes desde julho
Museu Bienal de Cerveira / DR

A XXIII Bienal Internacional de Arte de Cerveira (BIAC), que teve início no dia 20 de julho e termina hoje, recebeu 8.560 visitantes e 2.848 participantes nas atividades da edição dedicada à liberdade.

Os números avançados à agência Lusa pela Fundação Bienal de Arte de Cerveira (FBAC), segundo a organização, indicam uma edição “bastante positiva”, nomeadamente “pela participação [de artistas] no concurso internacional”, pelo impacto no concelho e pelos níveis de resposta do público à exposição, ainda hoje aberta ao público, com os seus quatro polos expositivos – o fórum cultural de Cerveira, a galeria da bienal, o convento de San Payo e a biblioteca municipal -, e as 160 obras patentes de 121 artistas de 20 países.

No concurso internacional foram apresentadas 56 obras e cinco intervenções de 51 artistas de 12 países. Alemanha, Brasil, Canadá, Chile, China, Colômbia, Coreia do Sul, Itália, Moldávia, Nigéria, Portugal, Turquia são as nacionalidades representadas.

Foram inscritas para o concurso internacional da XXIII BIAC 469 candidaturas de 477 artistas de 32 países, num total de 658 obras e intervenções.

Segundo a FBAC, esta vigésima terceira edição, com o tema “És livre?”, contou com a participação de 18 artistas em residência nas 15 freguesias de Vila Nova de Cerveira, no distrito de Viana do Castelo, 59 atividades paralelas e 40 visitas orientadas.

Contactado pela Lusa, o presidente da FBAC, Rui Teixeira, disse que o balanço da bienal deste ano é “muito positivo” também pela aprovação, “em primeiro lugar”, de uma candidatura ao concurso de Artes Visuais do Programa de Apoio Sustentado 2025-26 da Direção-Geral das Artes (DGArtes), no valor de 240 mil euros.

“É um apoio financeiro de 240 mil euros que nos deixa muito orgulhosos e satisfeitos, não só pela componente financeira, mas também pelo facto de termos obtido o primeiro lugar, a nível nacional. Em 2022, fomos selecionados pela primeira vez e ficávamos em terceiro lugar. Em 2024, ficávamos em primeiro lugar. No fundo, esta evolução e este reconhecimento também nos deixa satisfeitos pelo trabalho que temos vindo a desenvolver”, afirmou.

Para Rui Teixeira, que é também presidente da Câmara de Vila Nova de Cerveira, a bienal de 2024, com direção artística de Helena Mendes Pereira e Mafalda Santos, foi também “bastante positiva pela participação no concurso internacional, com centenas de artistas”.

Além das exposições, a organização da bienal promoveu um ciclo de conferências internacionais sobre o tema da “Liberdade”, ateliês livres e visitas orientadas, entre outras ações.

“Também foi positiva pelo tema escolhido, os 50 anos do 25 de Abril. Questionámos artistas e cidadãos a refletir sobre a liberdade, e apresentaram trabalhos bastante interessantes [sobre o tema] através da natureza, do trabalho, do papel da mulher, da migração, dos exilados, entre outros”, apontou.

O balanço da XXIII bienal “também foi positivo pelo impacto que teve em Vila Nova de Cerveira”, com “visitas exponenciais” e “por se ter levado as intervenções artísticas às 15 freguesias do concelho, aproximando a arte e a cultura da população”.

O autarca socialista destacou ainda a participação das escolas do concelho, resultado do trabalho que “a FBAC tem vindo a fazer, ao longo do tempo”.

“Estamos cada vez mais a receber alunos de escolas de todo o distrito, e não só para visitarem as exposições, mas também para participarem nas oficinas. Estamos a contribuir para a evolução e a educação dos jovens de Vila Nova de Cerveira, do distrito de Viana do Castelo e do país”, concluiu Rui Teixeira.

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