C. Tangana, Woodkid, Sofi Tukker DJ Set e Capicua confirmados no Super Bock Super Rock
ASAP Rocky também já está confirmado para dia 14 de Julho. No seguimento da decisão anunciada pelos Brockhampton de interromperem por tempo indefinido a sua vida enquanto grupo, não atuarão nesta edição do Super Bock Super Rock.
O calendário virou e isso faz crescer ainda mais a expectativa por um dos regressos mais aguardados para 2022, o do Super Bock Super Rock. Nos dias 14, 15 e 16 de julho de 2022, a paisagem da Herdade do Cabeço da Flauta, junto à Praia do Meco em Sesimbra, volta a receber a música mais autêntica do momento, com a melhor eletrónica e o melhor hip-hop do mundo a voltar a ser uma aposta do Festival. Nomes como C. Tangana, Woodkid, Sofi Tukker DJ Set e Capicua são as novas confirmações que vão passar pelo Meco em julho de 2022.
C. Tangana é um artista que ajudou a redefinir e transcender o género urbano graças à sua paixão e visão. Ativo membro da crew Agorazein, juntamente com nomes como Sticky M.A., Jerv, Agz, Fabianni e I-Ace. No entanto, e apesar desta associação ao coletivo, C. Tangana também tem dado nas vistas no seu percurso a solo. Fortemente influenciado por projetos comos os Beastie Boys, C. Tangana começou a fazer música desde muito cedo. Depois de um passado sob a assinatura Crema, com uma série de lançamentos, concertos e colaborações, C. Tangana fez a sua estreia como membro da Agorazein em 2011, no disco “Kind of Red”. E a estreia a solo deu-se no mesmo ano com um disco homónimo muito bem recebido pelo público e pela imprensa especializada. Mas a sua identidade ficaria ainda mais evidente em “LOVE’S”, o registo de 2012, onde junta a música tradicional espanhola ao hip-hop e ao trap. Os anos seguintes fizeram crescer a fama de C. Tangana graças a singles como “Lo hace conmigo”, “Antes de morirme” (um sucesso estrondoso com a participação de Rosalía) ou “Persiguiéndonos”. A música de C. Tangana há muito que havia ultrapassado as fronteiras da própria Espanha e agora conquistava ouvintes em todo o mundo. Depois do sucesso alcançado com “Ídolo”, o registo editado em 2017, C. Tangana começou a preparar um novo disco. “El Madrileño” chegaria em 2021 e, para muitos, apresenta o melhor Tangana de sempre, explorando temas mais pessoais com franqueza, introspeção e uma honestidade brutal, além de ampliar os seus horizontes musicais ao colaborar com lendas como Reis Ciganos, José Feliciano, Toquinho e Eliades Ochoa, e de artistas contemporâneos como Omar Apollo, Ed Maverick e Carin Leon, entre outros. Após o seu lançamento, El Madrileño acumulou mais de 5 milhões de streams no Spotify Espanha nas primeiras 24 horas e posicionou todas as 14 faixas no Top 50, tornando-se a melhor estreia de um artista espanhol na história; o álbum alcançou também o primeiro lugar no Top 10 Global Album Debuts do Spotify, bem como o número 6 nos EUA. Além disso, recentemente ganhou três Grammy Latinos e foi nomeado para um prémio da Academia Grammy. Canções como “Demasiadas Mujeres” e “Tú Me Dejaste de Querer”, ouvidas por milhões em todo o mundo, são também alguns dos momentos mais esperados pelo público português – C. Tangana atua no dia 15 de julho de 2022 no palco Super Bock do Super Bock Super Rock.
O jovem Lemoine, o artista que viria a assinar como Woodkid, nasceu em Lyon, em França, no ano de 1983. Estudou ilustração e animação na Escola Émile Cohl e já emprestou esse seu talento visual a artistas como Lana Del Rey, Drake ou Rihanna. Mas a música sempre esteve no seu horizonte também enquanto compositor e intérprete. E o primeiro passo mais sério nesse seu percurso foi dado com o EP “Iron”. A faixa título apareceu em vários trailers de filmes, bem como na série de televisão Teen Wolf. O disco de estreia, “The Golden Age”, chegou em março de 2013. Woodkid usa então a infância como matéria para uma série de canções que conquistaram tanto o público como a crítica. Nesta música, a eletrónica sofisticada é a convidada que casa na perfeição com uma voz capaz de acolher as vulnerabilidades do artista. Em 2016 foi nomeado para um Grammy graças ao vídeo para “The Golden Age”, com a participação de Max Richter. E nesse mesmo ano foi também responsável pela banda sonora de “Disierto”, um filme de Jonás Cuarón. Em 2019 editou o EP “Woodkid For Nicolas Ghesquière – Louis Vuitton Works One”. E, sem parar de criar e de testar os seus pórpios limites, lança o seu segundo em 2020. “S16” é mais uma exuberante coleção de canções que o público português vai querer conhecer melhor também ao vivo, dia 16, no Palco EDP do Super Bock Super Rock.
O sucesso dos Sofi Tukker foi tudo menos planeado. Tucker nunca pensou em trabalhar na música, passando grande parte da vida a planear uma carreira como basquetebolista; em relação a Sophie, o sonho de uma vida dedicada à música já existia, mas mantinha essas ambições quase em segredo, sem grandes expectativas. E até a origem deste duo se deu por um feliz acaso, quando Sophie Hawley-Eld e Tucker Halpern se encontraram num festival de arte na Universidade Brown nos Estados Unidos. A cumplicidade foi imediata e não passaria muito tempo desde esse primeiro encontro até ao primeiro tema viral da banda: impulsionada por um anúncio da Apple, “Drinkee” foi ouvida mais de 20 milhões de vezes no Spotify e foi nomeada para um Grammy na categoria de melhor música de dança. As inúmeras viagens de Sophie acabaram por contribuir para a atmosfera multicultural da música dos Sofi Tukker – um belo exemplo disso são as letras em português, como “Drinkee”, com versos do poeta carioca Chacal. O duo trabalha bem sob pressão e não se tem intimidado com as crescentes multidões nos concertos, com os elogios da crítica, unânime em reconhecer a qualidade da banda, ou com as milhões de visualizações no YouTube. Em formato DJ Set o duo é conhecido pelos remixes de temas de alguns dos maiores nomes da música em todo o mundo, como Billie Eilish, Lady Gaga ou Katy Perry, sempre a testar os limites da música de dança. E no dia 15 de julho de 2022prometem trazer toda a sua energia a Portugal e incendiar a pista de dança do Palco Somersby do Super Bock Super Rock.
Capicua nasceu no Porto nos anos 80. Depressa descobre a cultura hip-hop, primeiro através do grafitti e depois pela música, passando de mera ouvinte a aprendiz de rapper nos anos 00. Socióloga de formação, Capicua considera-se uma rapper militante e é conhecida pela sua escrita exímia, emotiva e politicamente engajada. Discos como “Capicua” (2012), “Sereia Louca” (2014), “Medusa” (2015) e “Madrepérola” (2020) são registos que já têm o seu lugar na história recente da música portuguesa. Na última década, tem somado intensos e participados concertos, conquistando um público muito diverso e o reconhecimento da crítica, contribuindo sempre para a destruição dos estigmas associados ao rap no nosso país. Apologista do espírito colaborativo e interventivo típico da cultura hip-hop, a rapper tem trabalhado com vários artistas, de Sérgio Godinho a Sara Tavares. Capicua também se tem destacado enquanto letrista, para intérpretes como Gisela João, Aline Frazão, Ana Bacalhau, Camané ou Clã. Em 2021, celebrando o primeiro aniversário do álbum “Madrepérola”, edita o EP “Encore”, gravado ao vivo no Rivoli e no Teatro Aveirense, nos últimos concertos do difícil ano de 2020. Em plena pandemia, contraria-se a falta de palco, celebrando a música ao vivo, para perpetuar os momentos felizes entre a banda e a plateia, mas também para dar a merecida continuidade ao seu último disco de originais. Renovam-se os votos, prepara-se reportório, com a nova formação e o novo cenário, para voltar à estrada assim que possível, plenos de energia vital, para espalhar poesia convertida em música – e uma boa oportunidade para tudo isso acontece no dia 15 de julho de 2022, no Palco Somersby do Super Bock Super Rock.