C. Tangana, Woodkid, Sofi Tukker DJ Set e Capicua confirmados no Super Bock Super Rock

por Comunidade Cultura e Arte,    20 Janeiro, 2022
C. Tangana, Woodkid, Sofi Tukker DJ Set e Capicua confirmados no Super Bock Super Rock
“El Madrileño”, capa do disco de C. Tangana
PUB

ASAP Rocky também já está confirmado para dia 14 de Julho. No seguimento da decisão anunciada pelos Brockhampton de interromperem por tempo indefinido a sua vida enquanto grupo, não atuarão nesta edição do Super Bock Super Rock.

O calendário virou e isso faz crescer ainda mais a expectativa por um dos regressos mais aguardados para 2022, o do Super Bock Super Rock. Nos dias 14, 15 e 16 de julho de 2022, a paisagem da Herdade do Cabeço da Flauta, junto à Praia do Meco em Sesimbra, volta a receber a música mais autêntica do momento, com a melhor eletrónica e o melhor hip-hop do mundo a voltar a ser uma aposta do Festival. Nomes como C. Tangana, Woodkid, Sofi Tukker DJ Set e Capicua são as novas confirmações que vão passar pelo Meco em julho de 2022.

C. Tangana é um artista que ajudou a redefinir e transcender o género urbano graças à sua paixão e visão. Ativo membro da crew Agorazein, juntamente com nomes como Sticky M.A., Jerv, Agz, Fabianni e I-Ace. No entanto, e apesar desta associação ao coletivo, C. Tangana também tem dado nas vistas no seu percurso a solo. Fortemente influenciado por projetos comos os Beastie Boys, C. Tangana começou a fazer música desde muito cedo. Depois de um passado sob a assinatura Crema, com uma série de lançamentos, concertos e colaborações, C. Tangana fez a sua estreia como membro da Agorazein em 2011, no disco “Kind of Red”. E a estreia a solo deu-se no mesmo ano com um disco homónimo muito bem recebido pelo público e pela imprensa especializada. Mas a sua identidade ficaria ainda mais evidente em “LOVE’S”, o registo de 2012, onde junta a música tradicional espanhola ao hip-hop e ao trap. Os anos seguintes fizeram crescer a fama de C. Tangana graças a singles como “Lo hace conmigo”, “Antes de morirme” (um sucesso estrondoso com a participação de Rosalía) ou “Persiguiéndonos”. A música de C. Tangana há muito que havia ultrapassado as fronteiras da própria Espanha e agora conquistava ouvintes em todo o mundo. Depois do sucesso alcançado com “Ídolo”, o registo editado em 2017, C. Tangana começou a preparar um novo disco. “El Madrileño” chegaria em 2021 e, para muitos, apresenta o melhor Tangana de sempre, explorando temas mais pessoais com franqueza, introspeção e uma honestidade brutal, além de ampliar os seus horizontes musicais ao colaborar com lendas como Reis Ciganos, José Feliciano, Toquinho e Eliades Ochoa, e de artistas contemporâneos como Omar Apollo, Ed Maverick e Carin Leon, entre outros. Após o seu lançamento, El Madrileño acumulou mais de 5 milhões de streams no Spotify Espanha nas primeiras 24 horas e posicionou todas as 14 faixas no Top 50, tornando-se a melhor estreia de um artista espanhol na história; o álbum alcançou também o primeiro lugar no Top 10 Global Album Debuts do Spotify, bem como o número 6 nos EUA. Além disso, recentemente ganhou três Grammy Latinos e foi nomeado para um prémio da Academia Grammy. Canções como “Demasiadas Mujeres” e “Tú Me Dejaste de Querer”, ouvidas por milhões em todo o mundo, são também alguns dos momentos mais esperados pelo público português – C. Tangana atua no dia 15 de julho de 2022 no palco Super Bock do Super Bock Super Rock.

O jovem Lemoine, o artista que viria a assinar como Woodkid, nasceu em Lyon, em França, no ano de 1983. Estudou ilustração e animação na Escola Émile Cohl e já emprestou esse seu talento visual a artistas como Lana Del Rey, Drake ou Rihanna. Mas a música sempre esteve no seu horizonte também enquanto compositor e intérprete. E o primeiro passo mais sério nesse seu percurso foi dado com o EP “Iron”. A faixa título apareceu em vários trailers de filmes, bem como na série de televisão Teen Wolf. O disco de estreia, “The Golden Age”, chegou em março de 2013. Woodkid usa então a infância como matéria para uma série de canções que conquistaram tanto o público como a crítica. Nesta música, a eletrónica sofisticada é a convidada que casa na perfeição com uma voz capaz de acolher as vulnerabilidades do artista. Em 2016 foi nomeado para um Grammy graças ao vídeo para “The Golden Age”, com a participação de Max Richter. E nesse mesmo ano foi também responsável pela banda sonora de “Disierto”, um filme de Jonás Cuarón. Em 2019 editou o EP “Woodkid For Nicolas Ghesquière – Louis Vuitton Works One”. E, sem parar de criar e de testar os seus pórpios limites, lança o seu segundo em 2020. “S16” é mais uma exuberante coleção de canções que o público português vai querer conhecer melhor também ao vivo, dia 16, no Palco EDP do Super Bock Super Rock.

O sucesso dos Sofi Tukker foi tudo menos planeado. Tucker nunca pensou em trabalhar na música, passando grande parte da vida a planear uma carreira como basquetebolista; em relação a Sophie, o sonho de uma vida dedicada à música já existia, mas mantinha essas ambições quase em segredo, sem grandes expectativas. E até a origem deste duo se deu por um feliz acaso, quando Sophie Hawley-Eld e Tucker Halpern se encontraram num festival de arte na Universidade Brown nos Estados Unidos. A cumplicidade foi imediata e não passaria muito tempo desde esse primeiro encontro até ao primeiro tema viral da banda: impulsionada por um anúncio da Apple, “Drinkee” foi ouvida mais de 20 milhões de vezes no Spotify e foi nomeada para um Grammy na categoria de melhor música de dança. As inúmeras viagens de Sophie acabaram por contribuir para a atmosfera multicultural da música dos Sofi Tukker – um belo exemplo disso são as letras em português, como “Drinkee”, com versos do poeta carioca Chacal. O duo trabalha bem sob pressão e não se tem intimidado com as crescentes multidões nos concertos, com os elogios da crítica, unânime em reconhecer a qualidade da banda, ou com as milhões de visualizações no YouTube. Em formato DJ Set o duo é conhecido pelos remixes de temas de alguns dos maiores nomes da música em todo o mundo, como Billie Eilish, Lady Gaga ou Katy Perry, sempre a testar os limites da música de dança. E no dia 15 de julho de 2022prometem trazer toda a sua energia a Portugal e incendiar a pista de dança do Palco Somersby do Super Bock Super Rock.

Capicua nasceu no Porto nos anos 80. Depressa descobre a cultura hip-hop, primeiro através do grafitti e depois pela música, passando de mera ouvinte a aprendiz de rapper nos anos 00. Socióloga de formação, Capicua considera-se uma rapper militante e é conhecida pela sua escrita exímia, emotiva e politicamente engajada. Discos como “Capicua” (2012), “Sereia Louca” (2014), “Medusa” (2015) e “Madrepérola” (2020) são registos que já têm o seu lugar na história recente da música portuguesa. Na última década, tem somado intensos e participados concertos, conquistando um público muito diverso e o reconhecimento da crítica, contribuindo sempre para a destruição dos estigmas associados ao rap no nosso país. Apologista do espírito colaborativo e interventivo típico da cultura hip-hop, a rapper tem trabalhado com vários artistas, de Sérgio Godinho a Sara Tavares. Capicua também se tem destacado enquanto letrista, para intérpretes como Gisela João, Aline Frazão, Ana Bacalhau, Camané ou Clã. Em 2021, celebrando o primeiro aniversário do álbum “Madrepérola”, edita o EP “Encore”, gravado ao vivo no Rivoli e no Teatro Aveirense, nos últimos concertos do difícil ano de 2020. Em plena pandemia, contraria-se a falta de palco, celebrando a música ao vivo, para perpetuar os momentos felizes entre a banda e a plateia, mas também para dar a merecida continuidade ao seu último disco de originais. Renovam-se os votos, prepara-se reportório, com a nova formação e o novo cenário, para voltar à estrada assim que possível, plenos de energia vital, para espalhar poesia convertida em música – e uma boa oportunidade para tudo isso acontece no dia 15 de julho de 2022, no Palco Somersby do Super Bock Super Rock.

Gostas do trabalho da Comunidade Cultura e Arte?

Podes apoiar a partir de 1€ por mês.