Câmara de Castelo de Vide inaugura Museu Garcia de Orta após investimento de 1,5 milhões de euros

por Lusa,    18 Novembro, 2024
Câmara de Castelo de Vide inaugura Museu Garcia de Orta após investimento de 1,5 milhões de euros
Fotografia via Câmara Municipal de Castelo de Vide / Facebook

A Câmara de Castelo de Vide, no distrito de Portalegre, vai inaugurar na terça-feira o Museu Garcia de Orta, um investimento de 1,5 milhões de euros que pretende promover o turismo na região, anunciou hoje aquela autarquia.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da Câmara de Castelo de Vide, António Pita, considera que este museu vai valorizar a história local e cultural do concelho e ampliar a oferta turística da região.

Afirmando que Castelo de Vide “devia esta homenagem” a Garcia de Orta, António Pita defendeu que o museu é “fundamental para consolidar” aquela região “como um destino turístico de excelência”.

Dedicado ao médico e botânico Garcia de Orta, que nasceu naquela vila alentejana, o museu foi construído no espaço do antigo balneário termal de Castelo de Vide.

De acordo com o município, a área de museologia é da autoria de Teresa Nobre de Carvalho, que dividiu o espaço em duas alas: uma dedicada à vida de Garcia de Orta na Europa e a outra em Goa, na Índia.
A museografia, segundo a autarquia, está a cargo do Atelier Luís Afonso de Carvalho.

Apesar de o museu – no edifício principal – ter o nome desta figura histórica do século XVI, o edifício anexo irá acolher uma exposição permanente onde se vai destacar as memórias do imóvel, de traça Korrodi.

Após a inauguração do museu decorrerá no Cineteatro Mouzinho da Silveira a estreia do documentário “Garcia De Orta”, uma coprodução do realizador Francisco Manso e RTP 2, com o apoio do município.
Garcia de Orta nasceu em 1501, em Castelo de Vide, tendo os seus pais sido expulsos de Espanha em 1942 pelos reis católicos por serem judeus.

O médico e botânico foi o autor do livro “Colóquios dos Simples e Drogas e Coisas Medicinais da Índia”.
Em 1568, morreu de sífilis, em Goa, e, embora nunca tenha tido diretamente problemas com a Inquisição, em 04 de dezembro de 1580 os seus ossos foram desenterrados e queimados em auto de fé juntamente com exemplares de um livro que escreveu.
 

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