Câmara de Lisboa atribui financiamento a seis entidades culturais no valor total de 327 mil euros
A Câmara de Lisboa aprovou hoje a atribuição de apoio financeiro a seis entidades da área da cultura, incluindo Ar de Filmes, Chapitô, Círculo Musical Português e Midas II Cinemas, no valor global de 327.500 euros.
Apresentada pelo presidente da câmara, Carlos Moedas (PSD), em reunião privada do executivo municipal, a proposta para apoiar entidades da área da cultura foi votada por pontos, tendo a maioria sido aprovada por unanimidade, à exceção do apoio à cooperativa Sou Largo, que teve a abstenção dos Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre).
A proposta, a que Lusa teve acesso, prevê apoiar a Ar de Filmes, com 40 mil euros; o Chapitô, com 100 mil euros; o Círculo Musical Português, com 20 mil euros; o Espaço Llansol, com 7.500 euros; o Midas II Cinemas, com 60 mil euros; e a Sou Largo, com 100 mil euros, para “incremento ou continuidade de iniciativas de interesse municipal”.
Por unanimidade, a câmara aprovou a transferência de verba para o Clube de Jornalistas, no valor de 27 mil euros, para apoio à 39.ª edição dos Prémios Gazeta, e a alienação de 15 frações autónomas do Bairro Prodac Sul, na freguesia de Marvila.
Por escrutínio secreto, que culminou com os votos a favor dos 17 membros do executivo municipal, foi aprovada a atribuição da Medalha Municipal de Mérito Cultural à Casa do Concelho de Tomar e à Casa do Minho em Lisboa.
Nesta reunião, a câmara viabilizou, também por unanimidade, a atribuição de toponímia a seis arruamentos do Bairro São João de Brito, em Alvalade, nomeadamente às ruas A, H, J, L, N e O, que passarão, respetivamente, a ter como nome Fernando Silva (arquiteto, 1914-1983), David de Almeida (artista plástico, 1945-2014), Eduardo Portugal (fotógrafo, 1900-1958), Arlindo Rodrigues (ceramista, 1928-2012), Maria Teresa Ramalho – Tareka (atriz, 1927-2018) e Carlos Antero Ferreira (arquiteto, 1932-2017).
O executivo decidiu ainda, unanimemente, homenagear o arquiteto Nuno Teotónio Pereira (1922-2016) com a atribuição do seu nome à Rua C na Malha 34 do PUAL – Plano de Urbanização da Alta de Lisboa, no Lumiar.
Por proposta da vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Sofia Athayde (CDS-PP), a câmara aprovou, também por unanimidade, o acordo de cooperação a celebrar entre o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o município de Lisboa e a Fundação Liga, no âmbito da Operação de Emprego para Pessoas com Deficiência (OED), e três propostas para atribuição de apoio financeiro a associações de solidariedade social.
Entre as entidades a receber verbas do município está a Associação para a Integração e Apoio ao Deficiente Jovem e Adulto – Elo Social, que contará este ano com 97.943,20 euros, ao abrigo do Programa de Apoio à Mobilidade, que se destina a garantir o serviço de transporte adaptado a crianças e jovens deficientes residentes no concelho de Lisboa, em especial dos que se encontravam em idade escolar.
A Crescer na Maior – Associação de Intervenção Comunitária é outra das instituições a receber apoio da câmara para a execução do projeto Unidade Municipal – Emprego e Autonomia, no montante total de 87.600 euros, pelo período de 12 meses, assegurando a continuidade desta resposta social, que conta com um espaço no Bairro do Armador, freguesia de Marvila, com capacidade máxima para 15 pessoas que se encontrem em situação de sem-abrigo e em processo de formação ou inserção profissional.
Prevê-se ainda a atribuição de um apoio financeiro ao GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos, no montante total de 33.339,48 euros, para suporte dos encargos relativos ao desenvolvimento do projeto IN – Mouraria, entre março deste ano e junho de 2026, de acordo com a proposta da vereadora Sofia Athayde, indicando que este apoio representa 20% do custo total elegível, sendo que os restantes 80% são suportados pelo Instituto para os Comportamentos Aditivos e as Dependências (ICAD).
O executivo da Câmara de Lisboa, que é composto por 17 membros, integra sete eleitos da coligação “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/MPT/PPM/Aliança) – que são os únicos com pelouros atribuídos e que governam sem maioria absoluta -, três do PS, três do Cidadãos Por Lisboa (eleitos pela coligação PS/Livre), dois do PCP, um do Livre e um do BE.
