Canal180 tem um cineclube de cinema alternativo e dá a conhecer novos nomes do cinema nacional e internacional

por Bruno Victorino,    8 Fevereiro, 2021
Canal180 tem um cineclube de cinema alternativo e dá a conhecer novos nomes do cinema nacional e internacional
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O Canal180 começou a transmitir em abril de 2012, tendo-se progressivamente transformado num ecossistema de eventos, exibições e comunicação nas redes sociais, responsável por um discurso multifacetado sobre uma panóplia de temas culturais a nível mundial. Estabelecendo diversas parcerias com entidades ligadas à cultura e à arte, o Canal180 tem procurado dar voz a artistas menos conhecidos, nacionais e internacionais, garantindo-lhes uma visibilidade que de outra forma não teriam.

Na área do cinema destacam-se dois programas desenvolvidos nos últimos anos. C for Coffee convida cineastas a discutir sobre o estado do cinema. Com 3 episódios e em colaboração com festivais de cinema, junta nomes tão distintos como Catarina Vasconcelos, Lois Patiño, Joana Pimenta, Ute Aurand, Ana Vaz ou Ben Rivers. Outros Amarão as Coisas que Eu Amei, inspirado no verso de Sophia de Mello Breyner Andresen e no filme de Manuel Mozos com o mesmo nome, é uma série de contemplativos vídeo-ensaios assinados por Bauti Godoy. Com também 3 episódios até ao momento, os vídeos exploram as recorrências visuais e dramatúrgicas das filmografias de um determinado realizador, procurando inspirar a visualização de obras menos conhecidas. Mikhaël Hers, Tsai Ming-Liang e Rita Azevedo Gomes foram os primeiros contemplados. 

Mais recentemente, o Cineclube é uma sessão de cinema que decorre todas as quartas-feiras às 22h00, apresentando filmes novos e diversos dentro do documentário e cinema experimental. O mês de janeiro foi dedicado ao Colectivo Fotograma 24, de Rodolfo Torgal e Joana Pimenta, incluindo a sua única e brilhante longa-metragem — Wolfram, a Saliva do Lobo (2010) — e uma sessão de curtas criados e programados no âmbito do Colectivo. Em fevereiro o foco estará no multifacetado artista nacional Nelson Fernandes, também conhecido por Zina Caramelo. Março será dedicado à cineasta francesa Chloé Galibert-Laîne, nome emergente do vídeo-ensaio e desktop cinema.

A ideia é ter um ou dois realizadores por mês. Definimos a quarta-feira às 21/22h, por ser o horário que mais nos convém por forma a vincular e atingir o maior número de pessoas. Foi bom termos criado esta regularização porque agora toda a gente que sintoniza o canal nesse horário sabe que poderá ver um filme experimental curado por nós. Ainda estamos na etapa mais embrionária do projeto, e também gostaríamos de pedir aos realizadores para nos sugerirem outros cineastas que poderiam fazer parte do Cineclube”, disse-nos Bauti Godoy, um dos mentores do projeto.

Fica assim a sugestão a todos os curiosos, de um cinema alternativo e que dificilmente será programado nos canais convencionais, e que nos dará a conhecer nomes emergentes no panorama cinematográfico nacional e internacional.

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