Chega às livrarias novo livro de Mário Cesariny que reúne teatro, poemas dramáticos e pictopoemas do autor

por Comunidade Cultura e Arte,    14 Outubro, 2020
Chega às livrarias novo livro de Mário Cesariny que reúne teatro, poemas dramáticos e pictopoemas do autor
Fotografia de Annie Spratt / Unsplash
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Assírio & Alvim publica Poemas Dramáticos e Pictopoemas, de Mário Cesariny. Obra conta com edição, prefácio e notas de Perfecto E. Cuadrado.

Poemas Dramáticos e Pictopoemas, de Mário Cesariny, é o volume que reúne o teatro, poemas dramáticos e pictopoemas do autor. Além das já conhecidas peças Consultório do Dr. Pena e do Dr. Pluma, Um Auto para Jerusalém, Titânia e o guião cinematográfico A Norma de Bellini, este livro inclui ainda três peças nunca antes publicadas em livro: Projecto de Rebelião, O Processo Projecto não Terminado para Teatro Radiofónico. 

«Dizemos “poemas dramáticos”, e devemos assinalar duas questões prévias: que, afinal, e falando do autor Mário Cesariny, tudo nele era e é poesia, incluindo a “literatura” que Verlaine afastou para uma geografia diferente, e incluindo também (segunda questão) a pessoa e a personagem do autor, isto é, o actor Mário Cesariny, histrião maior da República que transformava o mundo à sua volta em palco universal para as suas encenações e representações, onde palavras, gestos, movimentos e silêncios reabilitavam para todos nós — espectadores e parte do sentido final do espectáculo — uma realidade que, à boa maneira pessoana, precisava dessa transmutação alquímica para ser definitiva e absolutamente real. […] 
Parafraseando André Breton: nem limites nem fronteiras no vasto território da Poesia, diverso e uno. Com essa ideia abrangente, decidimos organizar este volume dedicando a segunda parte às justaposições, conjunções, fusões e confusões da poesia plástica e da poesia verbal, da palavra e da imagem.», pode ler-se no prefácio do livro.

Mário Cesariny nasceu em Lisboa, em 1923. Em Paris conheceu André Breton e, regressado a Portugal, foi um dos principais fundadores do movimento surrealista português. A sua postura polémica na defesa de um surrealismo autêntico levou-o, porém, a deixar o grupo no ano seguinte para criar, com Pedro Oom e António Maria Lisboa, o grupo surrealista dissidente. Foi um dos mais brilhantes poetas portugueses do século xx e desenvolveu também um percurso absolutamente notável no campo das artes plásticas. Em 2002 foi distinguido com o Grande Prémio EDP de Artes Plásticas e em 2005 recebeu a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, entregue pelo então Presidente da República Jorge Sampaio. Faleceu em 2006.

Capa do livro

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