Cinemas portugueses alcançam em julho maior receita de bilheteira desde que há registo
As salas de cinema portuguesas tiveram em julho o melhor mês em receitas brutas desde que há registos, em 2004, e o melhor mês em número de espectadores desde agosto de 2019, de acordo com dados divulgados hoje pelo ICA.
De acordo com os dados de julho divulgados hoje pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), os cinemas portugueses registaram uma receita bruta de bilheteira de 10,5 milhões de euros em julho, 74,5% acima dos valores do mesmo mês do ano passado.
Em mês de “Oppenheimer”, de “Barbie” e de novo capítulo de “Missão Impossível”, foram ao cinema 1,7 milhões de espectadores, mais 62,8% do que em julho do ano passado e um número numa escala que já não era atingida desde agosto de 2019, pré-pandemia de covid-19, quando foram aos cinemas 1,9 milhões de pessoas.
Segundo os dados disponibilizados à Lusa pelo ICA, não é possível encontrar um mês com uma receita bruta de bilheteira tão elevada como a alcançada em julho deste ano, desde que são recolhidos dados informatizados, ou seja, desde 2004.
Por exemplo, em agosto de 2019, quando mais pessoas foram ao cinema do que em julho deste ano, a receita alcançada foi de 10,125 milhões de euros – aliás, a única outra vez em que a barreira dos 10 milhões foi ultrapassada nos dados até 2004 consultados.
Os números hoje divulgados pelo ICA colocam 2023 com uma receita acumulada, até julho, de 42,6 milhões de euros, face aos 29,2 milhões atingidos nos primeiros sete meses de 2022.
Em termos de espetadores, o valor acumulado este ano é de 7,1 milhões, 40,5% acima de 2022.
Os filmes mais vistos em julho foram “Barbie”, perto dos 500 mil espectadores, com 2,9 milhões de euros de receita gerada em 11 dias de exibição, “Missão Impossível”, com 256 mil espectadores e 1,6 milhões de euros de receita, o mais recente “Indiana Jones”, com 230 mil pessoas e 1,4 milhões de euros, “Oppenheimer”, nos 228 mil espectadores e 1,6 milhões de euros de receita, e “Elemental”, com 203 mil espectadores e 1,1 milhões de euros.
No que diz respeito à faturação por distribuidor, a NOS e a Cinemundo passaram a estar separadas por menos de 300 mil euros, com a NOS ainda na liderança, com 17,8 milhões de euros até julho.
Nos filmes portugueses, o mais visto do ano é “Mal Viver”, de João Canijo, com 16 mil espectadores e 77 mil euros de receita.