Companhia Nacional de Bailado celebra 45 anos com bailado “Giselle” e exposição em homenagem ao coreógrafo Georges García

por Comunidade Cultura e Arte,    17 Novembro, 2022
Companhia Nacional de Bailado celebra 45 anos com bailado “Giselle” e exposição em homenagem ao coreógrafo Georges García
Filipa de Castro e Carlos Pinillos em Giselle, 2014 / Fotografia de Rodrigo Souza, ©Arquivo CNB
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Considerado o expoente máximo do bailado romântico, Giselle sobe ao palco do Teatro Nacional de São Carlos, pela Companhia Nacional de Bailado com a Orquestra Sinfónica Portuguesa, de 3 a 23 de dezembro. No dia de estreia, inaugura também a Exposição Evocativa da Vida e Obra do Mestre Jorge García (1935-2021), que assina a coreografia deste bailado. 

No mês que marca o seu 45º aniversário, a Companhia Nacional de Bailado estreia um dos mais notáveis bailados românticos, Giselle, na versão coregráfica de Georges Garcia (nome artístico de Jorge García), segundo Jean Coralli, Jules Perrot e Marius Petipa, acompanhada pela Orquestra Sinfónica Portuguesa, com direção musical de Vasco Pearce de Azevedo. O público poderá assistir a este bailado de 3 a 23 de dezembro em Lisboa, no Teatro Nacional de São Carlos, e dias 29 e 30 de dezembro em Almada, no Teatro Municipal Joaquim Benite.

Estreada em 1841, em Paris, Giselle é uma das grandes referências do bailado do período romântico e é ainda hoje dançada pelas principais companhias de dança de repertório internacionais. A história trágica de uma jovem camponesa que se apaixona pelo seu vizinho, sem desconfiar que, afinal, ele é o Duque da Silésia, foi estreada pela Companhia Nacional de Bailado em 1987 e volta a subir à cena do Teatro Nacional de São Carlos (TNSC) no mês que assinala os 45 anos da primeira apresentação pública da CNB, a 5 de dezembro de 1977 no Teatro Rivoli, no Porto. Ao mesmo tempo que comemora o seu aniversário, a CNB celebra assim a vida e obra do mestre de bailado e coreógrafo Georges Garcia, falecido em agosto de 2021, dançando um dos seus grandes legados.

Fotografia de Rodrigo Souza, ©Arquivo CNB

Esta produção conta com seis elencos de bailarinos principais, entre os quais Filipa de Castro e Carlos Pinillos, e os artistas convidados Marcelino Sambé e Anna Rose O’Sullivan, do Royal Ballet, Londres, que interpretarão os papéis de Albrecht e Giselle dias 4, 7 e 10 de dezembro, datas que esgotaram em 48 horas. Para além de um total de 14 apresentações agendadas, de entre as quais uma exclusiva para escolas, a CNB promove ainda, em paralelo, ateliers de dança para famílias e crianças, de entrada livre, aos fins-de-semana, até dia 27 de novembro, um ensaio geral solidário, a 2 de dezembro, que reverterá a favor das associações APPDA Lisboa, Fundação António Luís de Oliveira (ALO), Fundação São João de Deus e Sol Sem Fronteiras, e uma conversa pré-espetáculo em torno do bailado, também de entrada livre, dia 10 de dezembro, às 17h , no Salão Nobre do TNSC, sujeita a inscrição através da página da CNB, em cnb.pt.

Jorge García ( DR

A Exposição Evocativa da Vida e Obra do Mestre Jorge García (1935-2021) é de entrada livre, estará patente no foyer do TNSC durante o período de espetáculos, até 23 de dezembro, e conta com a organização de António Laginha, historiador, crítico de dança e ex-bailarino da CNB e a produção da CNB e TNSC. Laginha assinala que a exposição pretende dar a conhecer o percurso artístico “daquele que é considerado, por muitos, o maior professor de dança clássica que trabalhou em Portugal no século XX. O seu nome, inicialmente associado ao Ballet Gulbenkian, ficou também conhecido no nosso país pelo trabalho que, durante quase duas décadas, desenvolveu na Escola Artística de Dança do Conservatório Nacional e, em simultâneo, na CNB.

Deve acrescentar-se que o legado artístico e pedagógico do Mestre é muito expressivo não só em Portugal como em países como a França, a Bélgica, a Itália, o Brasil, o Canadá e os Estados Unidos da América, entre outros.”

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