Crime ambiental no Rio Cértima, em Águeda, afecta população e Pateira de Fermentelos, a maior lagoa natural da Península Ibérica
Rio Cértima está poluído e coloca em causa a saúde pública.
Durante o dia de hoje, Moisés Ferreira, candidato à Assembleia da República do Bloco de Esquerda por Aveiro, esteve em Barrô, junto ao Rio Cértima, acompanhado pelos candidatos Pedro Alves e Nuno Serrano, para denunciar uma descarga poluente que matou inúmeros peixes naquele curso de água. A comitiva bloquista deu uma conferência de imprensa no local: “este é um grito de alerta e é um grito continuado do Bloco de Esquerda. Há dois anos estivemos no mesmo local e questionámos o governo, através do Ministério do Ambiente.“, afirmou Moisés Ferreira.
O candidato foi ainda mais longe dizendo que “As linhas de água em Portugal não devem estar poluídas e no Rio Cértima coloca-se o problema da saúde pública, uma vez que este rio abastece vários hectares de arrozais e, por outro lado, este é o principal meio de alimentação da Pateira de Fermentelos, a maior lagoa natural da Península Ibérica. É preciso fazer a despoluição deste rio, se queremos a revitalização e requalificação da Pateira.”
Em 2017, o Governo, e após várias denuncias, revelou as entidades poluidoras que foram alvos de processos de contra-ordenação: públicas; ETAR da Mealhada e ETAR de Anadia) e privadas; Modelo Continente, Sogrape, Destilaria Levira, Vírgilio dos Leitões, etc.. Por essa altura, responsáveis do Governo disseram ainda que os poluidores já se tinham comprometido a parar com as descargas.
Passados cerca de dois anos, tudo volta a acontecer e no decorrer da última semana houve uma nova descarga. Segundo declarou Moisés Ferreira “é preciso apurar os responsáveis desta descarga. Mas também é necessário que o Governo intervenha junto das autoridades nacionais e locais. Caso contrário, este rio vai acabar por morrer e não podemos ter um rio com esta importância nesta situação“.
O Bloco de Esquerda vai questionar o Governo, exigir respostas sobre quem ou quais foram as fontes desta última descarga e exigir ainda medidas do Governo pois em dois anos o problema volta acontecer, segundo o comunicado enviado para a nossa redacção.