De 6 a 16 de junho a arte volta a invadir a cidade da Covilhã na 11.ª edição da WOOL

por Conteúdo Patrocinado,    1 Junho, 2024
De 6 a 16 de junho a arte volta a invadir a cidade da Covilhã na 11.ª edição da WOOL
Mariana Duarte Santos / DR

De 6 a 16 de junho a arte volta a invadir a cidade da Covilhã. A 11.ª edição do mais antigo festival de arte urbana em Portugal, volta a apresentar uma programação multidisciplinar, à qual se junta um novo eixo, com foco no pensamento e onde se destacam as WOOLTalks – Conferência Internacional de Arte Urbana, um conjunto de conversas que contaram com a participação de alguns dos mais respeitados investigadores, festivais e agentes deste sector.

As WOOLTalks surgem como resposta ao desejo de trazer até ao contexto singular do WOOL e da Covilhã, um espaço de pensamento, debate e partilha sobre este sector, sobre esta área artística e outras dimensões com as quais dialoga. O tema que conduzirá ao longo desta primeira edição as WOOLTalks, será a relação entre “Arte Urbana e territórios de baixa densidade”,objetivando assim a reflexão e produção de conhecimento sobre estes palcos singulares e inusitados de produção cultural e artística. Esta dimensão de “baixa densidade” será ainda foco de outras leituras que se associam ao sector artístico e seu potencial de transformação.

Bosoletti / DR

As conversas decorrem todas na sexta-feira, dia 14 de junho, no Auditório da CIEC – Centro de Inovação Empresarial da Covilhã a partir das 09H30 e com atividades até às 19H00. Um total de 4 talks cujos temas são agora anunciados:

WOOL Talk 1 – “Como se trabalham estas expressões urbanas em territórios de baixa densidade e contextos rurais?”
A primeira TALK / o primeiro painel do dia traz até à Covilhã um grupo de festivais que actuam em territórios de baixa densidade e/ou rurais. Condição que não os afastou e afasta de serem, por um lado “o mais antigo festival de Arte Urbana do mundo”, “o segundo mais antigo festival de Arte Urbana do mundo” ou um dos festivais mais interessantes no activo, seja pela geografia, pela construção comunitária ou pela proposta curatorial.

Partiremos para o debate com a questão “Como se trabalham estas expressões urbanas em territórios de baixa densidade e contextos rurais?”, partilhando prácticas, metodologias e formatos, mas deambularemos por outras questões, como os porquês da singularidade destas práticas nestes territórios, os objetivos inerentes à criação destes projectos, os resultados, as dificuldades de actuação, entre muitos outros.

Oradores: Susan Hansen, investigadora em representação do NUART FESTIVAL – Stavanger (Noruega) 
Alice Pasquini, artista e fundadora do CVTà Street Fest – Civitacampomarano (Itália) 
Laura Lara Sánchez, mediadora e cofundadora do Parees Fest – Oviedo (Espanha) 
Lara Seixo Rodrigues, cofundadora do WOOL | Covilhã Arte Urbana – Covilhã (Portugal)

Moderação: 
Luis García Alamán, cofundador do ASALTO.  Festival Internacional de Arte Urbano, Saragoça (Espanha)

WOOL Talk 2 – “Porquê e como valorizar as mulheres nas Artes Visuais?” 
A segunda TALK irá conduzir-nos para outras reflexões sobre o potencial transformador e democratizador da Arte Urbana. Partindo da questão “Porquê e como valorizar as mulheres nas Artes Visuais?” instigaremos necessárias, abrangentes e urgentes reflexões sobre este tema, que nos permitirá regressar a novas ou renovadas interrogações sobre o papel deste sector e de cada um de nós, enquanto agentes de cultura, na construção de um ecossistema artístico mais inclusivo, diverso e justo.

Oradora: Marina Bortoluzzi, curadora de arte e investigadora contemporânea – São Paulo (Brasil) 

WOOL Talk 3 – “Poderá a Arte Urbana ser instrumento de políticas públicas para o desenvolvimento dos territórios?”
São inúmeros os exemplos de geografias, dos 4 cantos do mundo, das mais variadas escalas, que espontaneamente ou estrategicamente, por iniciativa privada ou por entidades públicas e/ou decisores políticos, se assumem hoje como palcos de criação artística em espaço público. Este o lugar mais  democrático e democratizador, onde se poderão potencializar todas as capacidades da Arte, onde um público de enorme diversidade se poderá integrar e envolver na sua totalidade, sem distinções ou discriminações. Poderemos então questionar a utilização destas expressões artísticas como mera decoração e assumi-las como ferramentas de transformação de um território ou comunidade? Poderão projectos de Arte Urbana ser veículos de mudança  social, cultural, urbana, económica ou política? Poderão ser operadores e/ou mediadores de operações de sensibilização, de inclusão ou coesão social e territorial e por conseguinte “Poderá a Arte Urbana ser instrumento de políticas públicas para o desenvolvimento dos territórios?” 

Oradores: Hugo Cardoso, coordenador da Galeria de Arte Urbana – Câmara Municipal de Lisboa, Festival MURO – Lisboa (Portugal)
Isabel Simões Pinto, vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Estarreja, Festival ESTAU – Estarreja (Portugal)
María Esther Gutiérrez Morán, vicepresidenta Primera de Territorio, Igualdad y Cultura de la Diputación de Cáceres, Festival Muro Critico – Cáceres (Espanha)
(a confirmar)

Moderação: João Aidos, engenheiro, gestor e programador cultural – Coimbra (Portugal)

WOOL Talk 4 – “Pode a Arte Urbana ajudar a construir comunidade?”
O espaço público será sempre por excelência o verdadeiro palco de interacção, de intercâmbio, de consciência e de construção de Humanidade, de dignidade e cidadania, em todas as suas mais variadas dimensões. Assumida a Arte e a Cultura como motores únicos para restaurar e reforçar o sentimento de pertença de uma comunidade ou território e, consequentemente, contribuir para a sua (re)construção e valorização; e como ferramentas singulares de pensamento crítico, poderemos compreender que “Pode a Arte Urbana ajudar a construir comunidade?” Poderemos afirmar que a criação artística em espaço público, a que parte de uma construção participada e/ou de base comunitária, poderá ajudar a atingir os resultados e realidades que respondem aos desafios da sociedade contemporânea?  

Orador: José Carlos Mota, docente e investigador – Aveiro (Portugal)

O encerramento das WOOLTalks será feito pela poeta Alice Neto de Sousa, autora do poema “Março” escolhido para inaugurar as comemorações oficiais dos 50 anos do 25 de abril, e do poema “Poeta”, que em 2022 conquistou as redes sociais e tem voado pelo mundo e que terá a singular missão de resumir tudo o que serão as WOOLTalks em forma de poesia. Um momento a não perder!

Integrado neste eixo do pensamento, à Conferência Internacional de Arte Urbana junta-se a habitual Conversa com Artistas, momento em que os talentos convidados partilham os seus percursos e histórias particulares e peculiares.  Nesta edição, contaremos ainda com uma conversa com Martha Cooper, a icónica fotojornalista norte-americana, que continua a registar uma cultura que expandiu e mudou drasticamente. Contaremos com o seu olhar para registar esta edição 2024 do WOOL

Jofre Oliveras / DR

Restante programação WOOL 2024:

WOOL 2024 traz até às ruas da Covilhã 6 artistas, que reforçarão em número e qualidade o Roteiro de Arte WOOL. Millo (Itália) e SpY (Espanha), apresentam-se como os “cabeças de cartaz” de um grupo que incluirá outros artistas de grande relevo, como Isaac Cordal (Espanha), Mura (Brasil), MOTS (Polónia/Portugal) e Daniela Guerreiro (Portugal).

Nesta edição há uma expansão do espaço musical no WOOL, algo em linha com a ampliação de todas as actividades culturais do festival em 2024, ano em que se celebra a sua maior edição de sempre. A programação musical no seu todo conta com duas residências artísticas, dois concertos na Rua WOOL,  três mini-concertos, uma jam session e um DJ set. As residências artísticas são encabeçadas por artistas de renome na música emergente e independente em Portugal. Ana Lua Caiano junta-se às Adufeiras da Casa do Povo do Paul e Silly Fred, estas são as duplas desafiadas a trabalhar neste e sobre este território (também sonoro) durante os dez dias de festival, ambicionando reforçar a sua identidade sonora e imaterial. Haverá ainda três miniconcertos (Jesuíno, Robin Tolle e Saturarion Divers) junto dos locais onde se realizam três dos murais da edição deste ano, numa simbiose de música com arte urbana. Já no dia 15 de junho, no penúltimo dia de programação, haverá mais música no centro histórico da Covilhã, que estará fechado para atividades WOOL.

Como já não é segredo para ninguém, uma parte fundamental do WOOL é o encontro, a participação e a aprendizagem comunitária. Nesta edição 2024, concretamente no dia 15 de junho, leva-se esta missão ao limite ao inaugurarmos um espaço físico que garanta tudo isso: a RUA WOOL. Encerramos o Centro Histórico da Covilhã (mais concretamente o Largo do Sr. da Paciência, a Rua Alexandre Herculano e o Largo Sr.ª do Rosário) e promovemos um sem fim de atividades, dos mais variados formatos e disciplinas artísticas, onde também haverá comes e bebes. A RUA WOOL será a casa de muitos parceiros locais e convidados, uma casa pronta para acolher outros tantos: novos, velhos, residentes, visitantes, com e sem deficiência, de todas as cores e estaturas, nacionais ou internacionais. É a comunidade WOOL a materializar-se.

A programação WOOL conta com muitas outras atividades, de workshops a visitas guiadasacções de capacitação a exposições, visionamentos de filmes documentaiscircocontemporâneo entre muitas outras… A programação completa já pode ser consultada aqui ou no botão abaixo.

De 6 a 16 de Junho, o WOOL espera por ti na Covilhã!

Toda a programação pode ser consultada no website do WOOL:  https://www.woolfest.org/wool-2024/.

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