“De Imperio”, de Alessandro Novelli, vence melhor curta portuguesa no festival MOTELX

por Comunidade Cultura e Arte,    18 Setembro, 2023
“De Imperio”, de Alessandro Novelli, vence melhor curta portuguesa no festival MOTELX
“De Imperio”, de Alessandro Novelli
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A 17.ª edição do MOTELX termina hoje com o cine-concerto que celebra os 100 anos do filme “Os Olhos da Alma”, com música composta e interpretada ao vivo por Surma, além da exibição da curta e da longa-metragem europeias vencedoras do Prémio Méliès d’argent.

Foram anunciados, ontem à noite, durante a Sessão de Encerramento da 17.ª edição do MOTELX, na Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge, os vencedores das principais competições do Festival.

“De Imperio”, de Alessandro Novelli, foi distinguido com o Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa, no valor de 5000€, entre 12 filmes nacionais. O júri, composto por Ingmar Koch (músico e produtor), Juan Castro Garcia (director artístico do Galician Freaky Film Festival) e Rita Blanco (actriz), justificou a escolha desta película “por criar um mundo próprio paralelo à realidade de forma metafísica”, onde “nada é óbvio, é sempre inesperado e nem sempre compreensível à primeira vista porque tem várias camadas”. “Paralisia”, de Inês Monteiro, recebeu uma Menção Especial nesta competição que concretiza um dos maiores objectivos do MOTELX: promover, incentivar e exibir filmes de terror produzidos em Portugal.

O mesmo painel de jurados atribuiu ainda o Prémio Méliès d’argent – Melhor Curta Europeia a “Gangrene”, do cineasta espanhol Ignacio Gil-Toresano Fernández, por conseguir mostrar “o medo, o pavor, o desassossego com muito pouco”.

Na corrida ao Prémio Méliès d’argent – Melhor Longa Europeia, venceu “Superposition”, da realizadora dinamarquesa Karoline Lyngbye. O actor Dinarte de Freitas (que protagonizou o spot deste ano do MOTELX), o realizador Gonçalo Almeida e a directora-geral do Sitges – Festival Internacional de Cinema Fantástico da Catalunha, Mònica Garcia Massagué, formaram o júri que destacou o “elenco talentoso”, “a excelente cinematografia” e “a complexidade na utilização de artifícios da fantasia para mostrar uma teia narrativa bem tecida”. A Menção Especial coube a “Hood Witch”, do francês Saïd Belktibia.

“Irati”, de Paul Urkijo Alijo (Espanha), ganhou o Prémio do Público da 17.ª edição do MOTELX.

Durante a cerimónia, foram também mencionados os vencedores de outras três competições, que já tinham sido divulgados no Festival: “Down Under”, de Lola Ramos arrecadou a Melhor microCURTA MOTELX (a maior categoria do Prémio YouTube microCURTAS MOTELX), “Mi Vida en Tus Manos”, de Nuno Beato, conquistou o primeiro Prémio Lobo Mau (de sempre) e “Trauma”, de Tiago Matos, o Prémio MOTELX GUIÕES – Melhor Argumento de Terror Português.

Acerca da 17.ª edição do MOTELX, que termina hoje, 18 de Setembro, os directores artísticos Pedro Souto e João Monteiro sublinharam os “10 dias incríveis” de Festival, “que começaram com três dias memoráveis de Warm-Up”, e os “cerca de 170 filmes, entre longas e curtas-metragens, cerca de 80 sessões e muitos países e sub-géneros do cinema de terror representados”.

Para o último dia do 17.º MOTELX, destaca-se o cine-concerto de Surma a interpretar, ao vivo, a banda sonora que compôs para o filme português “Os Olhos da Alma”, que comemora 100 anos. A longa-metragem de Roger Lion foi produzida e escrita por Virgínia de Castro e Almeida, uma pioneira do cinema de ficção em Portugal, poucas vezes louvada ou mesmo referida. Surma sobe ao palco da Sala Manoel de Oliveira, pelas 19h00, com a música criada de propósito para acompanhar a obra de 1923. Também na sala nobre do Cinema São Jorge, às 21h10, são exibidas a curta e a longa vencedoras do Prémio Méliès d’argent, “Gangrene” e “Superposition”, respectivamente.

A 18.ª edição do MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, a acontecer no próximo ano, já tem datas marcadas: 10 a 16 de Setembro de 2024.

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