Depois da Cofina, Prozis, grupo Bel, grupo Apollo, entre outros, querem comprar a TVI

por Espalha-Factos,    22 Abril, 2020
Depois da Cofina, Prozis, grupo Bel, grupo Apollo, entre outros, querem comprar a TVI
Fonte: EPC (Empresa Portuguesa de Cenários)

A Prozis é uma das empresas envolvidas numa oferta de aquisição da Media Capital concretizada no início de abril, avança em exclusivo o Jornal Público. Marco Galinha, do grupo Bel, que já é proprietário do Jornal Económico, e ainda Gustavo Guimarães, representante do grupo Apollo, bem como a agência de meios Nova Expressão, também estão envolvidos no negócio.

A empresa de alimentação e nutrição desportiva é um dos colossos europeus nas vendas online e tem sede em Braga, tendo dado força à oferta que é encabeçada por Marco Galinha e Gustavo Guimarães e que foi dirigida ao presidente da administração da Prisa, Javier Monzón de Cáceres, a 8 de abril. O negócio poderá vir a ser financiado pelo Novo Banco, Millennium bcp e BBVA, avança o periódico português.

O jornal diário diz ainda que a nova proposta apresentada aos espanhóis tem um valor inferior aos 250 milhões de euros antes negociados com a Cofina. Recordamos que este valor já era substancialmente mais baixo que os 440 milhões que a Altice propôs em 2018.

A Prisa tenta há vários anos vender os ativos que detém em Portugal. A Media Capital, de que é acionista maioritária, é dona da TVI, das rádios Comercial, Cidade FM, Smooth FM e M80, do portal IOL e ainda da produtora de conteúdos Plural, que foi um dos maiores atrativos para a Cofina, na tentativa de aquisição anterior, e também para a Altice, que tem estado a tentar fortalecer a sua área de produção de conteúdos.

Na primeira quinzena de março, já com a crise da pandemia de Covid-19 a eclodir, a Cofina cancelou o negócio com a Prisa, recuando na compra dos títulos detidos pela Media Capital depois de estar quase tudo certo para a transação. O grupo liderado por Paulo Fernandes argumentou não ter os fundos necessários, e referiu ainda os pressupostos de agravamento no mercado mediático como negativos para a concretização do negócio. O processo segue agora em tribunal, com a Prisa a exigir receber uma caução de 10 milhões de euros.

O Público refere ainda outros potenciais interessados na compra, como José Eduardo Moniz, que procura investidores que o apoiem, a própria Cofina e o empresário Mário Ferreira.

Artigo originalmente publicado em Espalha Factos.

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