Entrevista. Margarida Marques: “Portugal beneficiou e beneficia de ser estado-membro e também contribui para a União Europeia”
Prefere a cidade ao campo, entre ginja e vinho do Porto opta pela segunda opção e se pudesse escolher um país para viver França seria o destino escolhido. Estas foram apenas algumas revelações mais pessoais da deputada ao Parlamento Europeu (PE) Margarida Marques, do Grupo da Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas, numa entrevista ao subprojeto d’Os 230, Os 21, onde recordou também o seu percurso profissional.
Mestre em Ciências da Educação, Margarida Marques esteve afastada da política quase 30 anos. O que mudou? “António Costa convenceu-me a voltar à política e a ser cabeça de lista no distrito de Leiria em 2015”, conta.
Durante esse período sem responsabilidades políticas, a agora deputada ao PE trabalhou em alguns departamentos de instituições europeias, tendo sido, nomeadamente, chefe da representação da Comissão Europeia (CE) em Portugal. “Conheço muito bem os corredores de Bruxelas, dos dois lados, do lado da CE e do Conselho Europeu”, garante, com o PE a vir completar esta experiência profissional.
Questionada sobre as diferenças entre realizar um orçamento anual nacional e europeu, a vice-presidente da Comissão de Orçamentos destaca uma que considera ser substancial: as fontes de financiamento. Por isso, defende que “há aqui [PE] uma negociação do ponto de vista do financiamento muito interessante, mas em que vêm frequentemente ao de cima os egoísmos nacionais”.
Portugal: um país que “traz valor acrescentado à UE”
Apaixonada por viagens, Margarida Marques garante que tanto Portugal como a União Europeia (UE) ganham com este elo de ligação. Para a eurodeputada, “hoje Portugal é parte integrante da UE, beneficiou e beneficia de ser estado-membro, mas também contribui para a UE”. Mas de que forma em concreto? Através, por exemplo, da cultura e identidade do país, que trazem “valor acrescentado à UE”.
Natural de Bombarral, Margarida Marques escolheu a palavra “solidariedade” para definir a UE, numa altura em que é eurodeputada ao PE há cerca de dois anos.