Está demais esta edição do Souto Rock
Há 14 anos muito de nós não sabiam escrever uma frase com “Sujeito + Verbo + Predicado”, e há 14 anos era (provavelmente) esta a forma como se ensinava a sintaxe da Língua Portuguesa (qual complemento circunstancial do caralho que os foda). Pois bem, há 14 anos a malta da Associação Cultural e Recreativa de Roriz já se preparava para estrear algo a que chamariam de “Souto Rock” e que é dos melhores exemplos a nível do #rocknaaldeia que Portugal tem nestes meses de Verão e Folia.
Sempre conectado ao Largo do Souto, na freguesia de Roriz, mas sem romper o cordão umbilical a Barcelos, o festival que se divide entre as duas localidades apresentou os nomes da 14ª edição, a decorrer entre os dias 5 e 7 de Julho, num evento de porta aberta onde os presentes puderam ver dois projectos que bem representam a dinâmica do festival. Se o concerto de Homem em Catarse vinca a aposta nos artistas locais (uma tarefa nada difícil em Barcelos), a Surma marca a pontaria do festival que sempre trouxe o que de melhor se faz por este país fora, desde os The Vicious Five aos The Parkinsons.
O rock é mesmo assim: quando existe, ninguém o pára e ninguém nos tira.
Num cartaz que mantém a tradição de bandas barcelenses, são os Hull que têm as honras ao abrir o festival no Largo do Souto, no centro da cidade, e o cardápio barcelense que conta com 3 bandas na ementa.
No dia seguinte é a vez dos This Penguin Can Fly, Paraguaii e dos portuenses Baleia Baleia Baleia se juntarem aos gigantes Black Bombaim antes do derradeiro dia do Festival.
Aqui, a festança começa à tarde, e ao ritmo do “baile funk de intervenção” dO Gringo Sou Eu, na freguesia de Alvito São Martinho, antes de voltar a Roriz para concertos de El Señor, 800 Gondomar, Doutor Assério e dos franceses JC Satan (puto de rock!) em noite que promete lembrar-nos o porquê do festival durar mais de uma década.
Ahm, esquecemo-nos de dizer que a partir de Campanhã, para seguir viajem de comboio para Barcelos, não tens urbano e tens de esperar bué pelo Regional. Mas sem merdas, o cartaz vale bem apenas e é bué barato. Tanto que é À PALA.
Portanto, siga à capital do rock que tem festivais que devias fazer daquilo Capital do Minho.
