Executivo do Porto discute atribuir nome de Gisberta Salce Júnior a rua no Bonfim

por Lusa,    25 Janeiro, 2024
Executivo do Porto discute atribuir nome de Gisberta Salce Júnior a rua no Bonfim
Gisberta Salce / DR
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O executivo da Câmara do Porto discute na segunda-feira atribuir ao arruamento entre Rua das Eirinhas e Travessa das Eirinhas, na freguesia do Bonfim, o nome da trans brasileira assassinada em 2006, Gisberta Salce Júnior, foi hoje anunciado. 

Na proposta, a que a Lusa teve hoje acesso, o vereador com o pelouro do Urbanismo, Pedro Baganha, esclarece que a Comissão de Toponímia deliberou, a 12 de outubro de 2023, atribuir o nome de Gisberta Salce Júnior a um arruamento na freguesia do Bonfim e o do arquiteto Fernando Távora a um arruamento em Paranhos. 

As respetivas juntas de freguesia emitiram pareceres favoráveis, acrescenta o vereador. 

O nome da trans brasileira assassinada em 2006, Gisberta, será atribuído ao arruamento com início na Rua das Eirinhas e término na Travessa das Eirinhas, já o de Fernando Távora será atribuído ao arruamento com início na Rua Horácio Marçal e término na Rua Nova do Rio. 

Segundo a ata da Comissão de Toponímia, para o arruamento na freguesia do Bonfim foram propostos três nomes, o de Gisberta, Palmira de Sousa (antiga carquejeira) e Nuno Teixeira Neves (antigo jornalista do Jornal de Notícias). 

Na respetiva reunião marcaram presença nove membros, sendo que o topónimo da trans brasileira contou com seis votos a favor, Palmira de Sousa com três e Nuno Teixeira Neves com cinco.

A atribuição do nome de Gisberta Salce Júnior a uma rua da cidade gerou, em março de 2022, divergências no entendimento dos critérios ditados pelo regulamento da Comissão de Toponímia, órgão consultivo da Câmara Municipal do Porto para as questões de toponímia da cidade. 

Depois de ter sido recusada em várias outras ocasiões, a atribuição do nome de Gisberta a uma rua dividiu os votos dos membros da comissão. Dos 19 elementos que a compõem, estavam naquela reunião 13, tendo sete votado a favor e seis contra.

À época, contactados pela Lusa, vários membros da comissão admitiam uma revisão do regulamento para evitar confusões e ambiguidades em torno de quem é elegível.

Em dezembro desse ano, o Regulamento Toponímico do Porto, cuja revisão tinha sido anunciada em março pela comissão, continuava inalterado e sem revisão agendada.

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