Festival InShadow: o namoro entre corpo e imagem

por Conteúdo Patrocinado,    17 Novembro, 2024
Festival InShadow: o namoro entre corpo e imagem
“Navigation” de Marlene Millar (Canadá, 2021)

A 16ª edição do InShadow – Lisbon Screendance Festival está a propulsionar-se a todo o gás. Até 15 de Dezembro, o único festival de vídeo-dança da capital promete fazer mover a cidade com uma programação inovadora e que contempla vídeo-dança, documentário, animação, artes performativas e visuais.

Museu da Marioneta, Teatro do Bairro, Cinemateca Portuguesa, Galeria e Cisterna da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL), hub multidisciplinar SAFRA e Casa do Comum são alguns dos espaços pelos quais esta iniciativa da Vo’Arte se estende, dando palco a um conjunto de propostas que colocam em evidência o “namoro constante entre o corpo e a imagem”, como realça Pedro Sena Nunes, Co-Director Artístico do Festival.

Pedro Sena Nunes por João Pedro Rodrigues

“Chegar à 16ª edição é, para nós, um momento de magia absoluta. É sobretudo um trabalho de resistência e resiliência. De animação, paixão e dedicação. O grande desafio prende-se com redescobrir, ano após ano, formas de preservar a nossa essência, a nossa razão de ser. Queremos que o InShadow continue a ser original, diferente. Que traga questionamento, pensamento e correlação de temas. Que continue a atrair públicos e artistas a lugares pouco convencionais”, declara.

Ao longo dos anos, o Festival tem sentido um aumento exponencial na qualidade das propostas submetidas pelos artistas. Do ponto de vista criativo, denota-se a inovação na abordagem técnica e estética dos projectos. Já do ponto de vista narrativo, sobressai a concisão com que as mensagens são trabalhadas e a atualidade dos temas abordados.

Esta edição não é excepção. Destaca-se Marlene Millar, realizadora canadense com um trabalho notável. A sua presença em Lisboa será marcada pela dinamização dos workshops de vídeo-dança Making Dance Films, realizado a 28 de Novembro, na Escola de Tecnologias, Inovação e Criação (ETIC), e Collaboration in Creation Dance Film, que ocorre a 29 de Novembro, na Biblioteca de Alcântara – José Dias Coelho. A passagem da realizadora pelo InShadow contempla ainda a exibição dos filmes Pilgrimage, numa sessão especial que decorre a25 de Novembro, no Chapitö, e MABOUNGOU: Being in the World, uma co-realização com Philip Szporer que está entre os concorrente da Competição de Documentário do Festival, realizada entre os dias 16 e 24 de Novembro, na Casa do Comum. A artista integra ainda o Júri Oficial desta edição.

“Navigation” de Marlene Millar (Canadá, 2021)

Outro destaque é Sam Asaert, fotógrafo e realizador belga, que terá uma presença muito semelhantes à da Millar. Parte do Júri Oficial, dinamizará a masterclass The importance of the emotional connectivity of visual storytelling, a 29 de Novembro, na ETIC, e o workshop de

vídeo-dança Interactive dance filmmaking, a 2 de Dezembro, nos Esúdios Pro. Dança. O artista inaugurará ainda a exposição Discernerable Beauty, que estará patente na Galeria da Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa (FBAUL) entre os dias 3 e 19 de Dezembro.

Sobressai também a vinda da companhia espanhola Baal ao Museu da Marioneta, com o espectáculo Viajantes do Espaço. Apresentado entre os passados dias 7 e 10 de Novembro, o projecto integra o LittleShadow, a secção do Festival dedicada aos mais novos. “Queremos ser transgeracionais e, por isso, criamos estes momentos para que as crianças possam também ficar inebriadas com mundo do movimento, das imagens e do corpo”, explica Pedro Sena Nunes.

O diretor artístico do Festival destaca ainda a estreia da performance The Heroine’s Journey, da autoria de Anouk Froidevaux, apresentada a 15 e 16 de Novembro, na Biblioteca de Alcântara – José Dias Coelho, Sopro, um criação coreográfica da CiM – Companhia de Dança que, nos dias 14 e 15 de Novembro, trouxe disrupção ao cotidiano das estações de comboios do Cais de Sodré e Santa Apolónia, e as sessões especiais que ocorrem na Cinemateca Portuguesa, entre os dias 5 e 7 de Dezembro. Nas suas palavras, estas sessões “revisitam aquilo que é a história do cinema e a relação direta que estabelece com a dança – este namoro constante entre o corpo e a imagem.”

“Carmen” de Carlos Saura (Espanha, 1983)

“Na verdade, diria que esta edição é, em si mesma, um destaque”, acrescenta. “Todas as propostas são absolutamente extraordinárias e, de alguma forma, acabam por dialogar entre si. O espectador ideal seria aquele que pudesse ver tudo e, dentro desta constelação de oportunidades e experiências artísticas, tecer a sua própria narrativa. Acreditamos que é esta a vantagem da arte: fazer as pessoas a pensar sobre aquilo que as rodeia. É esta a nossa génese”, remata.

Consulte toda a programação da 16ª edição do Festival InShadow.

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