Festival Semibreve acontece esta semana, em Braga

por Alexandre Pinto,    25 Outubro, 2021
Festival Semibreve acontece esta semana, em Braga
Fotografia de Adriano Ferreira Borges

Após um ano atípico no qual a programação do festival se limitou ao online — e apesar disso, ainda com a programação de excelência a que nos tem habituado nos últimos dez anos — o Semibreve volta aos palcos da Braga natal, com espectáculos no Theatro Circo e gnration, assim como noutros locais emblemáticos e já habituais do festival. Acolhemos com agrado o regresso do festival: é uma data nobre no calendário cultural da cidade e uma referência, nos domínios da música experimental e arte digital, para muitos melómanos pelo resto da Europa.

O festival decorrerá entre quinta-feira e Domingo, de 28 a 31, e celebra muitos nomes já conhecidos do festival, e sempre bem-vindos: Christina Vantzou colabora com John Also Bennett no concerto de abertura, no Santuário do Bom Jesus; no dia seguinte, Klara Lewis e Nik Void, ambas repetentes no festival, apresentam o resultado de uma residência artística promovida pelo festival em 2020, e serão acompanhadas, na imagem, por Pedro Maia. Há, de facto, várias outras colaborações (Laurel Halo + Oliver Coates, Rabih Beaini + Angélica Salvi + Eleonor Picas, Zeena Parkins + André Gonçalves) no palco do Theatro Circo, mas, como habitual, o Semibreve vale também pelas outras propostas que traz.

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Decorrerão quatro durational performances, com âmbitos temporais de cerca de três horas: duas delas entregues a editoras portuguesas (Turva e Mera), e as outras a cargo de Flora Yin-Wong e Yvette Janine Jackson c/ Judith Hamann. São propostas inéditas que levantam muita curiosidade sobre a experiência de um formato tão longo, mas que se enquadram perfeitamente na identidade do Semibreve. E há ainda, claro, as várias instalações artísticas, onde figuram vencedores do habitual prémio EDIGMA Semibreve (que se extende, desde o ano passado, com os prémios EDIGMA Semibreve Scholar, destinados a estudantes universitários), e as conversas com artistas presentes no festival, moderadas por Rui Miguel Abreu e Heitor Alvelos.

Guardamos especial expectativa para Supersilent, guiados por Helge Sten — que, sob o nome de Deathprod, já deu um dos mais intensos concertos de que o Theatro Circo tem memória — e o português Rafael Toral. Mas o Semibreve são quatro dias, e todos eles apontados à descoberta e experimentação. Se ainda não faz parte da vossa agenda, pensem nisso: no site oficial, os bilhetes já estão a esgotar.

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