Filme “Azul” de Ágata de Pinho conquista cinco Prémios Curtas na estreia do galardão
A curta-metragem “Azul”, de Ágata de Pinho, conquistou ontem cinco prémios, incluindo os de melhor curta de ficção, melhor realização e melhor argumento, na primeira edição dos Prémios Curtas, que foram entregues esta noite em Lisboa.
Atribuídos em parceria com a plataforma de ‘streaming’ Filmin, com apoio institucional da Câmara Municipal de Lisboa e da Casa dos Direitos Sociais, os Prémios Curtas distinguiram ainda “Azul” pelo desempenho de Ágata de Pinho como melhor atriz, e Leonor Teles, pela melhor fotografia.
“O Homem do Lixo”, de Laura Gonçalves, com os prémios de melhor animação, melhor documental e melhor banda sonora, composta por Ricardo Santos Rocha, segue-se na lista das curtas-metragens mais premiadas, a par de “Punkada”, de Gonçalo Barata Ferreira, que obteve os prémios de melhor montagem (Alice Faria e Gonçalo Barata Ferreira), melhor guarda-roupa (Sara Santos) e melhor caracterização (Danila Portela).
Os Prémios Curtas têm por objetivo celebrar a curta-metragem e os profissionais que nela trabalham, tendo nascido de “uma iniciativa espontânea” para reconhecer quem faz curtas-metragens em Portugal, dos atores e dos diretores de fotografia, aos responsáveis por guarda-roupa ou efeitos visuais, como o seu fundador, André Marques, explicou à agência Lusa, quando do anúncio dos nomeados, destacando que grande parte dos prémios existentes destinam-se sobretudo aos filmes.
Na lista de vencedores da primeira edição estão ainda Vítor Norte, como melhor ator, pelo desempenho em “O Caso Coutinho”, Rita Tristão, melhor atriz secundária em “As Feras”, Nuno Nolasco, melhor secundário em “Tornar-se um Homem na Idade Média”, e Rodrigo Manaia, de “By Flávio”, distinguido pela melhor interpretação infantil.
Os técnicos Bernardo Bento, Pedro Marinho, Rui Caldas, Rafael Maia e Vasco Carvalho foram premiados pelo som/efeitos sonoros de “Garrano”, Andreia Ribeiro, pela direção artística de “2020: Odisseia no 3.º Esquerdo”, ‘curta’ que também deu a Nuno Costa o prémio de melhores efeitos visuais.
Para André Marques, autor do projeto ‘online’ Cinema em Portugal, os prémios são generalistas e transversais a géneros cinematográficos, abertos tanto a filmes já premiados como a outros saídos de contexto escolar.
O júri desta primeira edição contou com Bruno Gascon, Edgar Morais, Mia Tomé, Inês Moreira Santos, Hugo Gomes, Teresa Vieira, Rafael Félix e André Pereira.
A sessão de anúncio dos vencedores, que decorreu no Auditório Fernando Pessa, contou com a exibição das curtas-metragens “Nestor”, de João Gonzalez, “A glória de fazer cinema em Portugal”, de Manuel Mozos, e “Arena”, de João Salaviza.
Em futuras edições, André Marques gostaria que os Prémios Curtas contemplassem “um minifestival, com uma semana de exibição para celebrar as curtas-metragens portuguesas”, como disse à Lusa quando do anúncio da iniciativa.