Filme de André Gil Mata, “Sob a chama da candeia”, premiado no Festival de Cinema Europeu de Sevilha

por Lusa,    16 Novembro, 2024
Filme de André Gil Mata, “Sob a chama da candeia”, premiado no Festival de Cinema Europeu de Sevilha
“Sob a chama da candeia”, de André Gil Mata

O filme “Sob a chama da candeia”, do realizador português André Gil Mata, foi premiado no Festival de Cinema Europeu de Sevilha, que termina hoje nesta cidade espanhola.

“Sob a chama da candeia” venceu o prémio de melhor filme da competição “As Novas Vagas”, com o júri a sublinhar “o tratamento subtil dos temas da vida e da morte, da memória e da decadência, através de um estilo cinematográfico radical, que explora os limites do espaço e do tempo”, lê-se no ‘site’ oficial do festival.

Para este filme de ficção, o realizador e argumentista inspirou-se na vida da própria avó e da sua empregada, que viveram juntas durante 60 anos, numa casa nos arredores do Porto. No ecrã, a história é protagonizada pela atriz portuguesa Márcia Breia e pela atriz sérvia Eva Ras.

Em Sevilha, destacam-se ainda duas menções especiais em diferentes competições.
No programa “Deslumbramento”, o júri atribuiu uma menção ao filme “O vento assobiando nas gruas”, de Jeanne Waltz, pela “proposta arriscada e simbólica sobre o universo das relações inter-raciais e interclasses”.

O filme é inspirado num romance de Lídia Jorge e o elenco é encabeçado pela atriz Rita Cabaço.
Na secção “Panorama Andaluz” houve uma menção especial para o filme espanhol “Caixa de resistência”, de Concha Barquero Artés e Alejandro Alvarado Jódar, e que tem coprodução portuguesa pela Blablabla Media.

O filme resgata a memória do realizador espanhol Fernando Ruiz Vergara, que, após um longo exílio em Portugal, deixou dezenas de esboços de filmes que nunca chegou a realizar.

“‘Rocío’, obra amaldiçoada após uma censura judicial em plena democracia espanhola, foi a única que o cineasta andaluz [que morreu em 2011] pôde assinar”, recorda a produtora portuguesa.

Este ano, o Festival de Cinema Europeu de Sevilha contou com a presença de cerca de uma dezena de filmes portugueses e do espaço da lusofonia, além de uma programação especial para assinalar os 50 anos do 25 de Abril de 1974.

“Grand Tour”, de Miguel Gomes, “Banzo”, de Margarida Cardoso, “By Flávio”, de Pedro Cabeleira, “Estamos no ar”, de Diogo Costa Amarante, ou “As noites ainda cheiram a pólvora”, do moçambicano Inadelso Cossa, integraram o programa sevilhano.

A realizadora Regina Pessoa levará àquela cidade espanhola uma exposição sobre os bastidores do trabalho de criação e produção dos seus filmes de animação e fez uma ‘masterclass’ sobre “A arte de brincar com a luz”.

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