Filme de animação com coprodução portuguesa, “Interdito a Cães e Italianos”, premiado pela Academia de Cinema Europeia
O filme “Triângulo da Tristeza”, de Ruben Ostlund, foi hoje o mais distinguido nos Prémios de Cinema Europeu, numa cerimónia, em Reiquiavique, que também premiou “Interdito a Cães e Italianos”, de Alain Ughetto, coprodução portuguesa.
Os Prémios Europeus de Cinema são uma iniciativa da Academia de Cinema Europeu e a 35.ª edição decorreu hoje em Reiquiavique, onde “Triângulo da Tristeza” recolheu os prémios de melhor filme, realização, argumento e interpretação masculina, para o ator Zlatko Buric.
Atualmente em exibição em Portugal, “Triângulo da Tristeza” é uma sátira bizarra sobre um casal de modelos convidado para participar num cruzeiro luxuoso, na companhia de vários milionários, e cuja viagem se transforma numa catástrofe.
O filme recebeu este ano a Palma de Ouro em Cannes, cinco anos depois de Ruben Ostlund ter ganho este mesmo prémio com “O Quadrado”.
Na cerimónia de hoje da Academia de Cinema Europeu, destaque para a atribuição do prémio de melhor longa-metragem de animação para “Interdito a Cães e Italianos”, do realizador francês Alain Ughetto, que conta com coprodução portuguesa pela Ocidental Filmes.
O filme, inspirado numa história de família do realizador, “segue o périplo de Luigi Ughetto, que deixa Itália para descobrir ‘La Merica’, a terra fabulosa onde os dólares crescem nas árvores”.
Além de participar nas equipas de animação e ‘compositing’, a Ocidental Filmes também foi responsável pela montagem e pós-produção de som.
Na categoria de melhor curta-metragem dos Prémios de Cinema Europeu estava indicado o filme de animação “Ice Merchants”, de João Gonzalez, mas o prémio foi para “Granny’s Sexual Life”, de Urska Djukic e Émilie Pigeard.
Nas restantes categorias, Vicky Krieps foi eleita a melhor atriz pelo filme “Corsage” e o filme espanhol “O bom patrão”, de Fernando Léon de Aranoa, recebeu o prémio de melhor comédia.
“Mariupolis 2” venceu o prémio de melhor documentário, tendo sido atribuído a título póstumo, porque o realizador e investigador lituano Mantas Kvedaravicius morreu este ano em Mariupol, na guerra na Ucrânia.
A academia atribuiu ainda prémios de carreira ao realizador palestiniano Élia Suleiman e à realizadora alemã Margarethe von Trota, e um prémio de honra, de inovação em ‘storytelling’, ao realizador italiano Marco Bellocchio.