Filmes de Agnès Varda, Marguerite Duras, Chantal Akerman, Jane Campion e Teresa Villaverde exibidos em Lisboa
A partir do dia 5 de Outubro, a Medeia Filmes apresenta “As Mulheres da Câmara de Filmar”, um ciclo de 12 filmes realizados por autoras fundamentais para a história do cinema e para a afirmação do(s) olhar(es) feminino(s) na sétima arte. Nesta primeira parte, serão exibidas obras de cineastas tão diversas e originais como: Dorothy Arzner, Ida Lupino, Marguerite Duras, Agnès Varda, Larisa Shepitko, Chantal Akerman, Jane Campion, Kathryn Bigelow, Lucrecia Martel, Teresa Villaverde, Naomi Kawase e Laurie Anderson.
O ciclo arranca no dia 5 de Outubro com Coração de Cão (2015), a elegia de Laurie Anderson sobre a sua cadela Lolabelle (e as duas grandes perdas que antecederam a morte de Lolabelle, Lou Reed, seu companheiro de longa data, e a sua mãe). Nesse mesmo dia, é ainda exibido O Amor dos Leões (1969), um filme protagonizado por Viva, a célebre superstar de Andy Warhol, com a realizadora Shirley Clarke no elenco, em que Agnès Varda transporta a contracultura de Nova Iorque para Los Angeles.
No dia 10 de Outubro, exibimos O Pântano (2001), primeira longa-metragem da cineasta argentina Lucrecia Martel que apresenta uma reflexão visceral sobre classe, natureza, sexualidade e política. No dia 11 de Outubro, teremos a oportunidade de assistir a India Song (1975), obra deslumbrante de Marguerite Duras, que nos oferece uma experiência multi-sensorial, numa sessão também dedicada aos actores Delphine Seyrig e Michael Lonsdale, recentemente desaparecido. O filme de Dorothy Arzner, Dança, Rapariga, Dança (1940), um testamento fascinante de uma autora décadas à frente do seu tempo, é apresentado no dia 12 de Outubro e a projecção será seguida de um debate com a crítica de cinema Inês N. Lourenço e outros convidados a anunciar.
No dia 13, a Medeia propõe A Cativa (2000), adaptação contemporânea de A Prisioneira de Marcel Proust e uma das obras-primas de Chantal Akerman, que será apresentada pelo produtor do filme, Paulo Branco. No dia 17 de Outubro, exibiremos Os Mutantes, terceira longa-metragem de Teresa Villaverde e uma das obras mais marcantes do cinema português contemporâneo, numa sessão que será apresentada pela realizadora. O Piano (1993), filme que valeu a Palma de Ouro a Jane Campion no Festival de Cannes em 1993, é exibido no dia 18 de Outubro, em cópia restaurada. No dia 24 de Outubro, apresenta-se Uma Pastelaria em Tóquio (2015), um belo e melancólico retrato do Japão contemporâneo, realizado por Naomi Kawase. Anjos Rebeldes (1966), comédia sobre as aventuras e desventuras de um grupo de adolescentes num colégio interno e último filme realizado por Ida Lupino para o cinema, é exibido no dia 25 de Outubro.
No dia 26, é exibido Estranhos Prazeres (1995), thriller épico de Kathryn Bigelow que combina ficção científica com elementos do film noir. Finalmente, no dia 27 de Outubro, fecha-se a primeira parte do ciclo com Ascensão (1977), de Larisa Shepitko, vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim em 1977, aclamado como o maior filme soviético da década.