Filmes de Oliver Stone, Rodrigo Areias e animação “Flow” completam programa do CineEco
Uma animação da Letónia, um cineconcerto português e a antestreia nacional do novo documentário do aclamado realizador norte-americano Oliver Stone completam a programação de filmes da 30.ª edição do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, que acontece em Seia de 10 a 18 de outubro.
A produção letã Flow, uma animação já premiada no Festival de Annecy e exibida no Festival de Cannes, junta-se à Competição Internacional de Longas-Metragens do CineEco 2024. Esta reinterpretação contemporânea do mito da Arca de Noé, em que um gato navega numa arca repleta de animais após uma inundação catastrófica, é a segunda longa-metragem do realizador Gints Zilbalodis e foi a escolha da Letónia para concorrer à nomeação de Melhor Filme Internacional nos Óscares de 2024. Flow competirá pelo prémio de melhor longa internacional no CineEco, ao lado dos já anunciados Among the Wolves (França/Bélgica), Bottlemen (Sérvia/Eslovénia), Common Ground (EUA), Fauna (Espanha), Gerlach (Holanda), I am the River, the River is Me (Nova Zelândia), La Garde Blanche (Canadá/México), One With the Whale (EUA) e Snow Leopard (China).
À parte da competição, o festival abrirá, no dia 10 de outubro, com uma exibição especial em formato cineconcerto do filme A Pedra Sonha Dar Flor, realizado por Rodrigo Areias. A banda sonora ao vivo será executada por Dada Garbeck, projeto do compositor Rui Souza. O filme, filmado em Ovar e nas paisagens da laguna de Aveiro, adapta várias obras de Raul Brandão, abordando questões humanas, sociais e económicas portuguesas, oferecendo uma visão profunda e artística da realidade nacional.
No encerramento, a 18 de outubro, o aclamado realizador norte-americano Oliver Stone contribui com mais uma das suas provocações, Energia Nuclear Já, que será exibido pela primeira vez em Portugal na Casa Municipal da Cultura. Neste documentário, que estreou no Festival de Veneza, o realizador propõe um novo olhar sobre a tecnologia atómica, para além dos fantasmas de aniquilação da Guerra Fria, e defende a energia nuclear como uma alternativa limpa e viável à crise energética global, abordando a temática a partir de uma perspetiva contemporânea e provocadora. Inspirado no livro Bright Future: How Some Countries Have Solved Climate Change and the Rest Can Follow de Joshua S. Goldstein, o documentário promete gerar debate e reflexão.