Galeria Underdogs abre portas ao universo provocador de Wasted Rita com exposição de obras inéditas
A inauguração desta exposição, que ficará patente na galeria até 27 de Maio, contará com a presença da artista.
No final de Março a Underdogs recebe uma nova exposição da artista de renome internacional Wasted Rita. Apoderando-se do espaço principal da Galeria, assim como do espaço Cápsula com a sua primeira incursão pela realidade virtual, com esta mostra a artista apresenta uma reflexão íntima sobre a sua vida.
Sexta-feira 31 de Março a Underdogs inaugura The desperation of the desperate desperately despairing for this desperation to heal, a nova mostra individual de Wasted Rita, que vem cimentar a longa colaboração entre a artista e esta plataforma cultural. Apresentando obras inéditas, ocupa ambos os espaços expositivos da Galeria em Marvila, contando também com o lançamento de uma edição limitada.
The desperation of the desperate desperately despairing for this desperation to heal retrata o contexto social, cultural e político em que foi criada. Transpondo o desespero que a artista sentiu face à crise da habitação em Lisboa, aliada ao desafio de se encontrar em pleno processo de criação, Wasted Rita convida-nos a entrar numa experiência pessoal que por sua vez retrata uma realidade cada vez mais universal.
Para lidar com a enorme pressão de ser despejada de sua casa, a artista refugiou-se em reality shows e em influencer culture, que assimila tanto como fontes de escapismo, como objectos de estudo e fascínio: indicadores de uma natureza humana expressada no contexto de uma contemporaneidade cada vez mais polarizada e alienada.
Através da sua estética única e um sentido crítico e intimista que explora a sua relação amor-ódio com a vida e o mundo à sua volta, a artista confronta-nos com os seus medos, ansiedades, frustrações e embates com o absurdo, com obras em formatos habituais como desenhos, pinturas e instalações em LED, assim como trabalhos em suportes novos como esculturas criadas através de impressão 3D.
A exposição integra também uma experiência imersiva de realidade virtual, algo inédito na obra da artista, remetendo-nos para um cenário idílico, mas que eventualmente começa a revelar imperfeições, mergulhando-nos num balde de água fria de realidade.